© Samuel Mendonça
© Samuel Mendonça

Em entrevista à jornalista Sónia Neves, na passada quarta-feira, para o Programa Ecclesia na Antena 1, a responsável pelo Setor da Catequese da Infância e da Adolescência da Diocese do Algarve lembra que os jovens aderem com maior facilidade ao caminho que lhes propõe a Igreja se tiverem “animadores fervorosos e dinâmicos”.

“A Igreja tem que estar sempre atenta e sempre nas periferias como nos diz o Papa Francisco. [É preciso] dar o nosso melhor, sair das igrejas e ir ao encontro. Quando há animadores fervorosos e dinâmicos, os jovens até aderem. Muitas vezes tem a ver com os formadores dos jovens. Se conseguimos cativá-los com o nosso modo de ser, as nossas palavras e atitudes, os jovens até aderem e participam”, sublinha a irmã Josefina Teixeira, lembrando haver “bastantes dificuldades porque a sociedade tem as suas iniciativas e propostas” e “os jovens estão um bocadinho adormecidos”.

Olhando para os adolescentes e jovens do Algarve, a irmã sente que faltam modelos e testemunhos de fé para amparar e ajudar aqueles que ainda estão a caminho. Envolver os adolescentes em movimentos e dar-lhes outra perspetiva da vida em Igreja pode ser uma ajuda, considera a irmã Josefina Teixeira, que acredita que esta realidade possa ainda chamar outros para descobrir a fé. “Vejo que há um dinamismo muito grande, por exemplo nos escuteiros, na participação dos jovens no grupo de liturgia, os acólitos, também temos bastantes catequistas jovens na diocese e, ao mesmo tempo, são dinamizadores de outros jovens. Gostam de levar os outros jovens, que estão um pouco mais fora, para dentro da Igreja”, constata.

Pese embora considere “o sul tem um défice bastante grande na vivência da vida cristã, mais do que as outras dioceses” do país, a religiosa diz que os jovens algarvios têm uma média de participação “bastante elevada nas catequeses, sobretudo, em paróquias mais do centro do que nas periferias”. “As dinâmicas e iniciativas da diocese abrangem um universo bastante grande de jovens”, sustenta, lembrando também a “participação bastante grande” nas catequeses paroquiais.