Esta tarde, dezenas de turistas estavam parados junto ao posto de venda que a Estradas de Portugal colocou no posto de fronteira de Castro Marim/Ayamonte. E, apesar de estar presente um funcionário da empresa, no âmbito de um reforço da presença nas zonas fronteiriças localizadas perto de antigas SCUT, as queixas foram muitas.

“Isto é terrível. Não percebo porque não põem alguém a receber o dinheiro quando as pessoas passam. Este sistema não faz sentido”, disse Lola Redondo, espanhola residente em Sevilha e que estava a entrar em Portugal para passar umas férias de 5 dias em Lagos, referindo-se ao sistema de portagens eletrónicas introduzido na A22.

Outra razão de queixa prende-se com a obrigatoriedade de comprar um bilhete válido por três dias, uma vez que Lola Redonda irá passar cinco no Algarve e a validade iria caducar. Lola Redondo lamentou ainda a falta de locais para compra de títulos para viajar nas antigas SCUT, porque "só podem ser comprados na fronteira e na área de serviço de Olhão, que fica a muitos quilómetros" de Lagos.

“Isto está a prejudicar o turismo. Conheço pessoas que vinham muitas vezes e deixaram de vir. E eu também vou fazer o mesmo”, acrescentou a espanhola.

Carmén Figuera, de Cartaya, uma dos muitos espanhóis que paravam, queixou-se também da falta de máquinas para a venda de títulos, porque no local só existe uma e a fila ia adensando-se à medida que os carros iam chegando e parando junto ao posto de venda da Estradas de Portugal.

Liliana Lourencinho com Lusa