Em declarações aos jornalistas, a advogada Norma Farroba disse estimar que a acusação de "tráfico de droga agravado" ao seu cliente, o militar da GNR, passe a crime de “tráfico de estupefaciente simples”.
“Não se fez prova das quantias apreendidas em casa do arguido, nem dos seus ganhos”, declarou a causídica, acrescentando que o sargento também não tem antecedentes criminais.
O juiz pode, todavia, alterar a tipologia do crime para tráfico de droga qualificada, por se concluir que a droga é cocaína, uma hipótese que viria ainda a agravar ainda mais o crime, que pode ir até sete anos de prisão.
O sargento da GNR foi detido pela Judiciária perto de Boliqueime (Loulé) dia 30 de abril deste ano e desde essa altura que aguarda julgamento em prisão preventiva no presídio militar de Tomar.
Durante a operação de detenção em abril, a Judicária apreendeu cerca de 100 gramas de cocaína na bagageira da viatura, dissimulada em sacos de plástico e dentro de um pacote de leite vazio, exlicaram hoje em tribunal vários inspetores da Judiciária que investigaram o caso.
A Polícia Judiciária (PJ) fez buscas domiciliárias à casa do arguido e apreendeu numa arrcadação da garagem um “saco despoertivo com uma bolsa que continha mais droga”, e vários utensílios, nomeadamente uma “balança digital, 19 pactoes de plástico, uma colher de café, um canivete e recibos de trasnferências bancárias”, explicou um dos inspetores da PJ.
Uma das testemunhas neste caso judicial é Luís de Jesus, conhecido por “Evaristo”, um empresário da noite algarvia, antigo rosto do Clube Casa do Castelo e antigo responsável pelo Sacha Beach, em Portimão.
Inspectores da Judiciária disseram hoje no Tribunal de Loulé que durante as intercepções telefónicas captaram informações de que o empresário da noite Algarvia, Luís de Jesus, comprava cocaína através do taxista N.C., que alegadamente se abastecia com o sargento da GNR detido e acusado de tráfico de droga.
O julgamento prossegue dia 06 de dezembro, às 11:00, no Tribunal de Loulé.
Lusa