O Algarve tem uma criminalidade que está “associada à grande capacidade de mobilidade” dos assaltantes em que alguém pode “praticar um crime num determinado sítio e rapidamente se deslocar para outro ou mesmo sair do país".

"Este território tem esta configuração geográfica e os serviços e forças de segurança estão atentos para impedir que isto aconteça", afirmou a governante, frisando ainda que outra das preocupações do SEF é o tráfico de seres humanos e a criminalidade associada à imigração ilegal.

Por isso, o objetivo é "incrementar este ano a actividade [do SEF] no Algarve", num momento em que já foi atingido "60 por cento das operações de carácter operacional que efetuou em 2009", revelou hoje.

Em declarações à Lusa, após uma visita à direção regional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de Faro, a governante explicou que "no ano passado, o SEF realizou 1151 ações de caráter operacional conjuntas, em cooperação com outros serviços e forças de segurança, e a actividade vai ser incrementada este ano".

"A estatísticas já dizem isso, porque nos primeiros meses deste ano o SEF já atingiu mais de 60 por cento da actividade operacional, quando comparada com o ano anterior", acrescentou Dalila Araújo, frisando que foram efetuadas "quase 700 operações" em 2010.

Dalila Araújo lembrou ainda que o projeto Smile, que foi "projetado como um projeto piloto para ser utilizado no Algarve e está a ser utilizado em ações que o SEF desenvolve pontualmente no aeroporto de Faro, nas iniciativas de controlo pontual que faz no espaço Schengen".

A governante sublinhou que "o Algarve merece uma atenção especial em matéria de segurança e o Ministério da Administração Interna tem vários projetos" em curso por ser um território com um número de estrangeiros "superior à média nacional, que é de cinco por cento".

"No Algarve, 20 por cento da população do distrito é estrangeira, com 272.000 cidadãos, a maioria de nacionalidade brasileira, depois do Reino Unido e a seguir Ucraniana", disse ainda Dalila Araújo.

A governante recordou também o projeto Algarve Seguro, apresentado recentemente pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira, "que tem um forte pendor tecnológico, com a ligação de centrais de alarmes à PSP e GNR, que por sua vez estão ligadas a empresas privadas, e com a disponibilização de 200 PDA com GPS para uma maior eficácia das forças de segurança".

Dalila Araújo, que realiza uma visita de dois dias à região, falou ainda das oito viaturas que o ministro disponibilizou às forças de segurança com câmaras de leitura de matrículas, "que permite detetar carros roubados ou ligadas a actividades criminais".

Lusa