De facto, um dos maiores problemas do edifício do Seminário prendia-se com a cobertura. “O telhado, com os ventos que vêm da Ria Formosa, deixa passar água, o que provocou, ao longo dos tempos, o apodrecimento das vigas e o telhado começou a ceder. Isto significa que, por vezes, quando a chuva vem picada, entra água no quarto dos alunos”, alertava, já em 2006, o então reitor da instituição, padre Mário de Sousa, acrescentando que a infiltração da água “provocou estragos vários” como o apodrecimento de janelas e o surgimento de humidade.
Para além de ter cerca de 20 por cento de telhas partidas, a cobertura era mesmo composta por tipos diversos de telha, em resultado das diferentes intervenções realizadas ao longo dos anos, o que levou a desnivelamentos que também permitiam a entrada de água no interior do edifício.
O padre Pedro Manuel, atual prefeito e ecónomo da instituição, explica ainda que o telhado estava também desnivelado por causa do sismo de 1969 (28 de fevereiro), – o último grande terramoto a abalar o Algarve –, que chegou inclusivamente a fazer cair a capela do Seminário algarvio.
Foi então necessário criar uma cobertura interior, uma espécie de sub-telhado (visível nas fotos), para garantir simultaneamente a proteção e o isolamento térmico.
O custo total das diversas fases de recuperação da cobertura do Seminário de Faro deverá orçar em cerca de 500 mil euros faltando pagar, após a conclusão da obra, a última tranche no valor de 175 mil euros.
Até agora, o arranjo do telhado foi já comparticipado pelo Estado através de candidaturas ao Subprograma 2 nas vertentes associativa e religiosa. Em 2007, o apoio foi de 69 mil 965 euros para trabalhos que contemplaram também os tetos da zona oeste e, em 2008, a comparticipação foi de 140 mil euros para uma intervenção que visou também o arranjo das fachadas e cornijas voltadas para a muralha.