A estrutura sindical algarvia subscreveu um manifesto conjunto com as Comissiones Obreras (CCOO) e a UGT da Andaluzia, no qual pedem “o apoio ativo de todos aqueles que sofrem as consequências das políticas de austeridade” durante a “primeira greve geral conjunta da história dos dois países”.

Os sindicatos pretendem contar com o apoio de “desempregados, reformados, estudantes ou outras camadas da população” para alcançar uma “convergência de interesses e de luta por um futuro melhor e mais digno”, numa época em que “a Andaluzia e o Algarve são fustigados por um crescente e avassalador desemprego”.

As três estruturas sindicais das regiões vizinhas do Algarve e Andaluzia consideraram, em comunicado, que Portugal e Espanha estão a “sofrer as consequências de uma austeridade infligida e induzida pela especulação dos mercados financeiros e por políticas de orientação e de carácter neo-liberal” e são “confrontados com políticas governamentais que conduzem ao empobrecimento de ambos os países e à intensificação da exploração dos trabalhadores”.

O apelo à participação na greve surge, segundo o documento, quando “espanhóis e portugueses, algarvios e andaluzes, lutam contra a eliminação de muitos dos seus direitos sociais e contra as tentativas de definhamento absoluto das funções sociais do Estado” e “contra a brutal degradação das suas condições de vida e de trabalho e contra o retrocesso civilizacional em curso”.

Os sindicatos algarvios e andaluzes dizem ainda que este é o momento “em que milhões de trabalhadores e múltiplas organizações sindicais de diversos países europeus se somam à luta contra as políticas de austeridade e manifestam a sua solidariedade com os trabalhadores e os povos mais duramente afetados, incorporando-se na enorme Jornada de Luta Europeia convocada para o dia 14 de novembro pela Confederação Europeia de Sindicatos”.

Ao contrário do que acontece em Espanha, onde as duas centrais sindicais (CCOO e UGT) vão participar na greve geral, em Portugal apenas a CGTP apelou à participação. A União Geral de Trabalhadores (UGT) decidiu não participar no protesto.

Lusa