“A interoperabilidade técnica está já assegurada e estamos agora a tentar a interoperabilidade operacional”, afirmou Sérgio Monteiro, em resposta às questões colocadas pelo deputados da comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas, em que foi ouvido o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira.

O secretário de Estado reconheceu ainda que, durante o período da Páscoa, os meios canalizados para a fronteira do Algarve “se revelaram insuficientes”.

Na altura, formaram-se filas perto da fronteira do Algarve com a Andaluzia. Estas filas chegaram a ter mais de 50 pessoas à espera para comprar os títulos de portagem que lhes permitissem circular na Via do Infante. Esta situação gerou muitas críticas por parte dos turistas espanhóis, não só devido à espera mas também à complexidade do sistema.

No final da audição, o secretário de Estado dos Transportes disse ainda que o Governo prevê ter o processo de compatibilização entre os sistemas português e espanhol concluído até Junho.

De acordo com o jornal SOL, a Estradas de Portugal está a estudar a melhor maneira de disponibilizar aos turistas forma de pagar as portagens em Espanha, de forma a evitar congestionamentos como os verificados no fim de semana alargado da Páscoa. A Estradas de Portugal pretende alargar os terminais de pagamento automático, que ficarão em locais de passagem de mais automobilistas e também nas estações de serviço. “Estamos a estudar a melhor forma de os colocar também em Espanha, mas temos de acautelar, por exemplo, as diferentes formas de fiscalidade aplicáveis”, afirma em declarações ao jornal SOL.

A par desta medida, a Estradas de Portugal vai também reforçar o número de máquinas de pagamento existentes na fronteira e, sobretudo, aumentar a informação sobre as formas de pagamento disponíveis.

No Algarve foram já várias as vozes que se levantaram contra estas medidas, sendo que a maioria dos hoteleiros considera que as portagens estão a acabar com o turismo na região, pelo que a situação não se resolve com a colocação de mais máquinas mas sim com a extinção das portagens, hipótese totalmente posta de parte pelo Governo.

Liliana Lourencinho com Lusa