A USAL, que cita dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta semana, diz que o quarto trimestre de cada ano “nunca é o pior momento” do desemprego no Algarve, mas sim o primeiro trimestre.
“Isso significa que neste momento os valores do desemprego já estarão bem acima dos 14,8 por cento”, lê-se no comunicado, que refere que os valores são o dobro das taxas registadas na região Centro e na Madeira e Açores.
Contudo, frisa a USAL, as estimativas não integram ainda os números relacionados com o processo de despedimento em curso de 337 pessoas da Groundforce ou com a situação de insolvência da Unicofa (100 trabalhadores).
Os dados não surpreendem a comissão executiva da USAL, que desde há dois anos reivindica a necessidade de implementar um Plano Regional Articulado de Combate à Crise e ao Desemprego.
De acordo com a União de Sindicatos, milhares de famílias algarvias vivem “momentos angustiantes”, estimando-se que mais de 40 por cento dos desempregados não tenham direito a subsídio de desemprego.
Aquela estrutura sindical alerta ainda para o facto de a introdução de portagens na Via Infante poder fazer crescer ainda mais o desemprego, o que aumentará de forma “acelerada” a “pobreza” e a “exclusão social”.
Lusa