SecuritasDezenas de trabalhadores da empresa Securitas concentraram-se hoje junto das instalações em Portimão, em protesto contra “a redução” dos salários imposta pelo “lay-off” anunciado pela empresa de segurança em outubro a cerca de 120 funcionários no Algarve.

“Os trabalhadores estão aqui para protestar e denunciar publicamente a falta de respeito e de ética por parte de uma empresa com a dimensão da Securitas”, disse à agência Lusa Rui Tomé, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas (STAD).

De acordo com o sindicalista, a Securitas, empresa de segurança privada, comunicou em outubro aos trabalhadores do Barlavento algarvio a intenção de proceder ao “lay-off”, “recusando-se a negociar” as despesas com os transportes.

“Iniciámos um processo de negociações no sentido, e tendo em conta a situação financeira da empresa, de que fossem garantidos os pagamentos dos transportes, mas a empresa nunca abriu a possibilidade de chegar a um acordo com os trabalhadores”, referiu Rui Tomé.

Segundo o coordenador do STAD, a situação dos trabalhadores imposta pelo “lay-off” “é drástica”, tendo em conta que com a redução de dois terços do salário os trabalhadores vão levar para casa cerca de 485 euros.

“Sobre esta verba incidem os descontos de IRS [imposto sobre o rendimento singular] e para a segurança social e se tiverem que suportar as despesas de transportes, que em alguns casos se situam entre os 100 e 200 euros, não há nenhum trabalhador que consiga resistir”, destacou.

“A questão que se coloca é como é que os trabalhadores vão resistir num período de seis meses nestas condições”, questionou o sindicalista.

O protesto dos trabalhadores da Securitas em Portimão decorreu no âmbito do “Dia Nacional de Indignação, Protesto e Luta” convocado pela central sindical CGTP-IN.

A maioria parlamentar aprovou hoje o Orçamento do Estado para 2014.