A Groundforce, empresa detida pela TAP que tem como função assistir companhias áreas em terra, anunciou há três meses – a 10 de novembro – o encerramento da operação em Faro, e o despedimento coletivo de 336 trabalhadores, como resultado das perdas da empresa, estimadas em 20 milhões de euros só este ano.

“Segunda-feira foi o último dia em que a Groundforce de Faro assistiu um avião e hoje começou a hora de fazer as malas, porque a empresa está em instalações alugadas no Aeroporto de Faro e temos de sair até 28 de fevereiro”, disse à Lusa Maria Luís, 41 anos de idade e que trabalhou 15 anos naquela empresa de handling.

Segundo Maria Luís, também membro do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), os trabalhadores estão a retirar os arquivos, a mandar fora o que não presta e a guardar as fardas.

“Por mais que nos custe, temos de o fazer até dia 28 de fevereiro”, lamenta, acrescentando, todavia, que a administração da empresa cumpriu todos os procedimentos estipulados por lei.

“A empresa deu um pré-aviso e cumpriu todos os preceitos e formalismos legais para o despedimento coletivo, com prazos alargados, inclusivamente”, declarou.

A Groundforce tornou-se uma entidade independente em 1982, com a autonomização do Departamento de Operações em Terra da TAP.

Na década seguinte, em 1992, numa estratégia de expansão e de prestação de serviços a terceiros, é criada a TAP Handling. No ano de 2005, já com uma nova estrutura, surge a Groundforce Portugal.

Lusa