Um homem acusado de auxílio à imigração ilegal foi condenado pelo Tribunal Judicial de Faro a um ano e nove meses de prisão, suspensa por igual período, informou ontem o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
O homem esteve envolvido em “atos ilícitos no sentido de favorecer a passagem da fronteira portuguesa a cidadãos estrangeiros, cujo destino final era o Reino Unido”, lê-se no comunicado enviado à comunicação social.
O caso, que remonta a abril de 2013, com uma investigação em Faro do SEF, culminou com a detenção de uma mulher e um homem, na sequência do “uso de documento falsificado e por auxílio à imigração ilegal e tráfico de pessoas”, recorda o SEF.
Um arguido agora condenado aguardou a leitura da sentença sujeito ao regime de prisão preventiva desde 14 abril de 2013.
Na altura da detenção, o SEF informou que as investigações permitiram concluir que existia uma rede de auxílio à imigração ilegal e tráfico de pessoas dedicada a transportar imigrantes pela Europa, facultando o seu acesso ao território britânico a partir de Portugal.
A rede usava documentos falsos para mais facilmente efetuar os necessários controlos de fronteira.
A duas detenções foram realizadas no Aeroporto de Faro, aquando do controlo de fronteira à saída para o Reino Unido. Dois passageiros – mãe e filho menor – foram então identificados como portadores de passaportes britânicos falsificados.
A investigação no terreno permitiu igualmente a identificação do “passador”, sendo este também cidadão estrangeiro, que ficou detido pelo SEF no centro de Faro por suspeita de pertencer a rede de auxílio à imigração ilegal.