Estes passageiros vão chegar à região em voos de companhias áreas e com pacotes de operadores turísticos com os quais o Turismo de Portugal realizou contratos de parceria para reduzir a sazonalidade do setor na região, mas o secretário de Estado da tutela, Adolfo Mesquita Nunes, frisou que falta agora a iniciativa privada da região fazer a sua parte.

“Do nosso ponto de vista, para esbater o fenómeno da sazonalidade do Algarve, mais importante do que fazer festas e concertos ou fazer eventos, é atuar diretamente junto das companhias aéreas e dos operadores turísticos e garantir que haja forma de chegar ao Algarve durante esse período de tempo, porque depois a oferta que existe encarregar-se-á de fidelizar os turistas que chegam”, afirmou o governante.

A medida de combate à sazonalidade no Algarve foi hoje apresentada em Albufeira e o governante frisou que o investimento do Governo se dirigiu para as áreas da comercialização em vez de se ter focado na promoção, numa mudança de paradigma que a tutela diz poder vir a ser quantificada e ter uma avaliação mais eficaz do que a política de eventos e promoção seguida até aqui.

“O Algarve do ponto de vista do verão tem estado a crescer e este é um contributo para que cresça não só no verão, mas nos meses adjacentes ao verão”, sublinhou o secretário de Estado do Turismo, que estava acompanhado dos presidentes do Turismo de Portugal, Luís Matoso, e do Turismo do Algarve, Desidério Silva.

Questionado sobre a capacidade que os privados vão ter, em tempo de dificuldades e crise económica, para conseguir cativar a oferta turística, Adolfo Mesquita Nunes disse “não ter dúvidas nenhumas de que o Algarve, enquanto região de turismo, está bastante enérgico”.

“O problema da sazonalidade tem que ser combatido com as acessibilidades que estamos aqui a querer criar. Não tenho dúvida nenhuma de que a iniciativa privada do Algarve está mais do que disposta e capaz para conseguir fidelizar a oferta nestes meses de inverno e outono, da mesma forma que tem fidelizado de verão”, acrescentou.

O Estado investiu no aumento do número de rotas para o aeroporto de Faro cerca de 400 mil euros, segundo a informação avançada pelo Governo na apresentação do plano.

O documento aponta para uma quebra de 60.000 chegadas à região entre 2006 e 2012, nos períodos de inverno, e para a recuperação, já neste inverno, de 25 por cento desse valor, criando um “potencial de 100 mil dormidas” no Algarve na época baixa.

A Escandinávia, a Alemanha, a Irlanda e a Polónia são os mercados em que o Turismo de Portugal, em parceria com o Turismo do Algarve e com os operadores da região apostaram “através de novos voos e do aumento da capacidade das companhias aéreas e dos operadores envolvidos (TUI, Air Berlin, Aer Lingus, Norwegian, Itaka e Rainbow Tour)”, precisou o Turismo de Portugal numa nota de imprensa distribuída aos jornalistas.

Lusa