Desidério Silva disse à agência Lusa que a proposta de lei que altera o regime jurídico das ERT, aprovada na generalidade no parlamento, faz depender muito o financiamento de cada região dos dados oficiais relativos a camas e dormidas, que no Algarve ficam aquém da realidade porque há alojamentos não contabilizados.
“É injusto que o Algarve tenha só a percentagem referente ao número oficial, quando no fundo há um elevado número de visitantes, de turistas e dormidas que obviamente não passam pelos registos”, afirmou Desidério Silva.
O presidente da Entidade Regional de Turismo do Algarve (ERTA) frisou que é necessário ter em conta “o Turismo residencial, o alojamento local e outro tipo de alojamento particular”, não contabilizado, quando for feita a ponderação para o financiamento.
“É preciso ter uma ponderação diferente porque o Algarve produz muita riqueza e de certo modo não é compensado depois no retorno face àquilo que são apenas os números estatísticos da região”, acrescentou.
Desidério Silva disse ser “essa a discordância” do Turismo do Algarve “no quadro desta nova configuração da ERT” e quer que a legislação apure “o financiamento da região não pelos números estatísticos mas pelos números reais do Algarve”.
O presidente da ERTA assegurou que irá “fazer tudo” o que está ao seu alcance para que este ponto seja revisto na discussão da proposta na especialidade, que será feita na Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas.
“Vou fazer tudo, mas tudo, para conseguir fazer isso e vou tentar tudo até à exaustão. Tenho uma reunião com o ministro da Economia e com a V comissão e vou usar toda a minha capacidade de intervenção para demonstrar que no Algarve há condições objetivas e diferentes daquelas que a própria lei prevê”, acrescentou.
Lusa
Economia