Em declarações à Lusa, o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) afirmou que o Turismo do Algarve, tal como todas as Entidades Regionais do país “deveria ser extinta” e substituída por dois novos organismos a criar.

Elidérico Viegas disse subscrever “na íntegra” as declarações do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas esta semana ao jornal o Mirante, defendendo que o atual modelo de organização do turismo não se vai manter e vai ser extinto.

Segundo o ministro, o modelo das regiões de turismo está desadequado e “quem tem que gerir o turismo são os empresários do setor”, cabendo ao Estado o papel de “acompanhar”.

Corroborando Miguel Relvas, Elidérico Viegas defendeu que a promoção turística “não pode ficar cometida a organismos públicos”, devendo essa função ser desempenhada por agências regionais de Turismo “geridas pela iniciativa privada”.

Tais agências, geridas por estruturas representativas dos empresários do setor hoteleiro”, seriam cofinanciadas pelo Turismo de Portugal e dedicar-se-iam tanto à promoção interna como externa.

“No Algarve acabava-se com isso de uma entidade [Turismo do Algarve] promover a região no mercado interno e a outra [Associação de Turismo do Algarve] promover no mercado externo”, advogou Elidérico Viegas.

O presidente da AHETA defendeu que, paralelamente àquelas agências, deveriam ser criados organismos públicos, embora “em cooperação com o setor privado”, que teriam como propósito a articulação da promoção turística com organismos públicos regionais.

“Seria um organismo público mais flexível, gerido em cooperação com o setor privado, despolitizado, que não tem que ter tanta gente como as atuais Entidades Regionais na comissões e assembleias-gerais”, explicitou.

No início desta semana, a AHETA enviou ao ministro da Economia, Emprego e Transportes, Álvaro Santos Pereira, uma proposta de revisão do setor da promoção turística em que constam as alterações hoje enunciadas à Lusa.

Lusa