© Samuel Mendonça
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A maior parte dos turistas inquiridos num estudo da Universidade do Algarve apresentado hoje em Faro avaliaram a região como um destino seguro, mas admitiram recear a instabilidade política.

Ao abrigo do estudo “Análise da perceção de segurança dos turistas que visitam o Algarve” foram inquiridos 1.519 turistas nacionais e estrangeiros, entre julho e 15 de outubro, explicou a investigadora Maria Brás.

Os resultados preliminares do estudo indicam uma tendência acentuada para um sentimento de segurança na região, o reconhecimento da hospitalidade e confiança nas forças de segurança, ainda que revelem um receio de algum problema político ou social.

“Penso que isto tem muito a ver com a instabilidade mundial, obviamente estamos a atravessar uma crise económica muito profunda, mas isto tem a ver com valores que se espalharam na Europa e nas Américas e obviamente que as pessoas acabam por fazer essa relação. Se calhar estamos a falar de um sentimento de contaminação”, explicou à Lusa aquela investigadora, à margem das IV Jornadas de Segurança Pública.

Quando solicitados a comparar o sentimento de segurança no Algarve e nas suas áreas de residência, 73% dos turistas estrangeiros e 70% dos turistas nacionais disseram ter-se sentido igualmente seguros.

Maria Brás sublinhou ainda que cerca de 90% dos turistas inquiridos admitiram recomendar a região como destino turístico.

“Obviamente que o grande motivo que traz as pessoas ao Algarve é o sol, a praia e o clima”, comentou a investigadora, considerando que os turistas, quando escolhem um destino, já partem do pressuposto de que se trata de um destino seguro.

O estudo promovido pela Universidade do Algarve vem dar sequência a outros já realizados noutros anos, e, segundo Maria Brás, confirma a manutenção de valores positivos registados nos estudos anteriores.