O curso tem a duração de quatro anos e o processo de seleção consiste, numa primeira etapa, na avaliação de aptidões cognitivas e na realização de uma prova de língua inglesa. Na fase seguinte consiste num conjunto de entrevistas.

Esta será a terceira edição do curso, inaugurado em 2009 e frequentado atualmente por 64 alunos, prevendo-se que em 2013 saiam os primeiros médicos formados no Algarve.

Os candidatos devem possuir um diploma de licenciatura, ou equivalente legal, com a classificação mínima de 14 valores, sendo o ensino baseado em problemas clínicos reais, método importado da universidade canadiana de McMaster.

Em comunicado, o diretor do mestrado, José Ponte, refere que este método de ensino é uma das “peças essenciais” no paradigma de formação médica da UAlg, pelo que é “muito recompensador” ver os resultados.

“A aprendizagem baseada em problemas não é um método novo e já deu provas, em muitas universidades, de que é um método extremamente eficaz”, afirma José Ponte, que faz um balanço positivo dos dois primeiros anos de funcionamento do curso.

A aquisição de conhecimentos das ciências básicas e clínicas é baseada em problemas clínicos reais através de duas tutoriais semanais, de três horas cada, em grupos de oito alunos.

No curso da Universidade do Algarve, o ensino clínico começa logo no primeiro ano em centros de saúde e na experiência da Medicina Geral e Familiar, seguindo-se o ensino hospitalar a partir do terceiro ano.

“Penso que estamos a ser bem sucedidos na implementação de um método de ensino novo em Portugal. Temos tido resultados muito satisfatórios e os nossos estudantes têm-se manifestado muito agradados”, sublinha José Ponte.

Em edições futuras, o diretor do curso de Medicina pretende uma melhor integração entre as aptidões práticas e os conhecimentos teóricos, assegurando que se tem estado a trabalhar nesse sentido.

“Na segunda edição [ano letivo de 2010/11], aproveitando a experiência adquirida com a primeira, procedemos a alguns ajustes e aperfeiçoamentos que, creio, estão a permitir uma melhor integração”, acrescentou.

Lusa