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O reitor da Universidade do Algarve teme uma redução de novos candidatos à instituição, por ter sido excluída de um programa que atribui bolsas de 1500 euros aos alunos, pedindo ao Governo uma rápida alteração da situação.

No início do mês, os candidatos ao ensino superior ficaram a conhecer as onze instituições que agora vão atribuir bolsas de mobilidade de 1.500 euros anuais aos estudantes que vivem longe da região onde se situam as escolas, o chamado Programa + Superior.

O reitor da Universidade do Algarve (UA) ficou surpreendido quando viu a lista de universidades e politécnicos selecionados: “Quando foi divulgada a notícia sobre as instituições a quem tinham sido atribuídas as bolsas, verificámos que a Universidade do Algarve não estava incluída”, recordou António Branco em declarações à Lusa.

O gabinete do secretário de Estado do Ensino Superior admitiu à Lusa que a UA cumpria os critérios para ser incluída: “Reconhecemos que a região do Algarve preenche os requisitos do programa no que toca à demografia. Este ano, dado o prazo definido para o fecho do programa, não foi possível inscrever esta região, mas a situação será revista no próximo ano”.

No entanto, para António Branco esperar um ano pode significar perder muitos alunos, uma vez que ainda está a decorrer a 2.º fase de acesso ao ensino superior, e todos os alunos (da 1.º, 2.º e 3.º fase) podem candidatar-se a uma dessas bolsas.

“Os candidatos sabem do programa de deslocação territorial mas depois a informação que têm é que a Universidade do Algarve não atribui as bolsas”, alertou o reitor.

As candidaturas às bolsas começaram a 10 de setembro e terminam apenas a 10 de outubro e estão disponíveis na Universidade da Beira Interior, Universidade de Évora, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Instituto Politécnico de Viana do Castelo, instituto Politécnico de Bragança, Instituto Politécnico da Guarda, Instituto Politécnico de Castelo Branco, Instituto Politécnico de Viseu, Instituto Politécnico de Tomar, Instituto Politécnico de Santarém, Instituto Politécnico de Portalegre e Instituto Politécnico de Beja.

Entretanto, o deputado socialista Miguel Freitas tomou conhecimento da situação algarvia e enviou também hoje uma pergunta ao Ministro da Educação e Ciência, onde defende que a exclusão da UA coloca a instituição “numa situação de enorme desigualdade” relativamente as restantes selecionadas.

Entre as cinco perguntas, o deputado questiona o ministério sobre se pondera alterar a sua decisão e alargar o programa a tempo da segunda fase de candidaturas ao ensino superior e, em caso negativo, que alternativas pensa desenvolver.