Num cenário de destruição, uma das principais ruas de Lagoa apresentava a força com que o vento fustigou toda a zona destruindo à sua passagem tudo o que encontrava, atirando veículos contra as paredes e amontoando-os em várias zonas.

Rosa Figueira, moradora naquela rua, contou que estava dentro de casa e que “só por sorte” não foi atingida por vidros e partes de persianas das suas janelas.

“Isto parecia uma bomba que tinha rebentado, que me deixou estática e sem saber o que fazer”, disse à agência Lusa Rosa Figueira, de 56 anos.

Rui Inácio, também residente naquela rua mais fustigada e que ficou desalojado, temeu pela vida ao ser atingido por vários objetos, vidros, partes de janelas de alumínio e utensílios que se encontravam junto às janelas.

“São ferimentos ligeiros, mas vi bocados grandes de vidro passarem por mim e ficarem espetados nos móveis”, disse Rui Inácio, apontando para uma cristaleira, onde eram visíveis vidros e partes da persiana plástica ali cravados.

Rui Inácio vai agora pernoitar em casa de familiares já que a habitação ficou sem janelas que lhe permitam manter as condições de habitabilidade.

Os ventos fortes que ocorreram ao início da tarde e, durante três a quatro minutos, destruiram árvores, placares de publicidade, sinais de trânsito, postos de eletricidade e viaturas.

Uma das escolas primárias do concelho de Lagoa sofreu também danos ao nível da cobertura, sem, contudo, provocar ferimentos nos alunos.

Os serviços da autarquia fazem nesta altura a limpeza das zonas, nomeadamente o corte de árvores que ameaçam cair.

Na zona de Lagoa, os ventos fortes causaram cinco feridos.

Lusa