“É importante que cada um de nós, hoje, se sinta também a celebrar esta Páscoa, esta passagem de Cristo ressuscitado pela nossa vida, pelas nossas situações de morte”, afirmou o bispo do Algarve na Vigília Pascal a que presidiu esta noite na Sé de Faro.

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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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“Ele vem para abrir os nossos túmulos e não quer que permaneçamos fechados no túmulo que podem ser tantas situações que nos constrangem, nos inibem e não nos deixam viver a vida com liberdade e, sobretudo, com amor e com a capacidade de perdoar. Tantas vezes construímos túmulos entre nós e outros porque não temos a coragem ou nos falta também a força. Temos de pedi-la ao Espírito Santo. É o Espírito que nos renova, que nos rejuvenesce, que nos capacita também para acolher e para partilhar o perdão, a misericórdia e o amor com que Deus nos amou na pessoa de Jesus”, prosseguiu D. Manuel Quintas, acrescentando: “é pela ação do Espírito que nos sentimos envolvidos nesta Páscoa que hoje celebramos para que também nos liberte de todas as situações de morte que possam existir na nossa vida”.

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O bispo diocesano pediu ainda aos presentes que não deixem que esta Páscoa “passe ao lado”. “Deixemo-nos libertar por Cristo vivo e ressuscitado que nos quer vivos e ressuscitados e vivendo já iluminados por essa luz que brota da sua ressurreição e que é garantia da nossa ressurreição”, afirmou, desafiando a renovar “com maior convicção” as promessas batismais naquela celebração.

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Considerada como o coração do ano litúrgico e a mãe de todas as vigílias, ela teve início com a liturgia da luz que consiste na bênção do fogo, na preparação e acendimento do círio pascal no lume novo (símbolos da luz da Páscoa que é Cristo, luz do mundo), seguindo-se a entrada na catedral às escuras que foi sendo iluminada pela chama do luzeiro.

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Na noite em que os cristãos celebram o acontecimento mais importante da sua fé – a ressurreição de Jesus Cristo – que a fundamenta e lhe dá sentido, bem como a tudo o que dela e nela se inspira, a Igreja convida os seus filhos a reunirem-se em vigília e oração para aguardarem a ressurreição de Cristo e celebrarem-na nos sacramentos. O bispo do Algarve administrou o sacramento do Crisma a sete adultos que o cónego Rui Barros Guerreiro, seu pároco, explicou terem resolvido completar a iniciação cristã depois de terem começado a acompanhar os filhos na sua caminhada na fé. “Estão aqui fruto da aproximação dos filhos”, garantiu, explicando que os filhos, para além de frequentarem a catequese, são acólitos e alguns escuteiros.

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“É com muita alegria que vos acolho, que todos vos acolhemos, e muito obrigado pelo caminho que percorreste. Deus serve-se de muitos modos para nos atrair a si”, afirmou o bispo do Algarve, considerando que “agora com o Espírito Santo” poderão “enriquecer ainda mais” as suas comunidades e também o próprio testemunho cristão. D. Manuel Quintas lembrou ainda os cerca de 30 adultos que esta noite foram batizados em toda a diocese.

Para além da liturgia da luz ou “lucernário”, a Vigília Pascal conta ainda com mais três partes – a liturgia da palavra, a liturgia batismal e a liturgia eucarística – que D. Manuel Quintas também fez questão de referenciar. Após a proclamação do precónio pascal, a liturgia da Palavra compôs-se das sete leituras do Antigo Testamento que recordam a história da salvação e das duas do Novo Testamento. A liturgia batismal teve início com o canto da ladainha dos santos, a bênção da água (o outro símbolo da noite) e a aspersão de toda a assembleia com a água benta depois da renovação das promessas batismais e da oração universal.