Na Eucaristia de encerramento da visita pastoral, a que presidiu ontem ao final da manhã na igreja de São Luís, D. Manuel Quintas começou por constatar que aquela iniciativa conjunta, iniciada no dia 13 do mês passado, permitiu um “melhor conhecimento das paróquias entre si, abrindo caminho a uma maior colaboração e participação em iniciativas comuns que já se fazem a muitos e diversos âmbitos”.

O prelado apelou ainda ao “testemunho da identidade cristã”, à “vivência comunitária da comunhão fraterna”, a uma “maior atenção aos que se afastaram da Igreja ou dela ainda não se aproximaram”, a um “bom acolhimento personalizado”, à “criação de momentos específicos de oração e reflexão”, à “valorização complementar dos vários carismas e ministérios”, ao “desfrutar de espaços de convívio”, ao “envolvimento de todos na vida da comunidade”, à “participação e colaboração da família” e à “partilha dos recursos humanos”.

Tudo isto com vista à edificação de “comunidades unidas na comunhão e na missão, sempre em formação permanente”. “Devemos considerar-nos todos em formação permanente: aquela que a palavra de Deus nos dá dominicalmente mas também através de grupos específicos de aprofundamento da fé, não apenas pela aquisição de uma doutrina mais esclarecida sobre os fundamentos da nossa fé, mas também em grupos de oração”, afirmou D. Manuel Quintas, lembrando que “a oração é um espaço importantíssimo de formação permanente para poder dar razões da fé e de esperança”.

O bispo do Algarve exortou ainda aquelas paróquias a prosseguirem na “construção de comunidades vivas pelo apoio e acompanhamento aos que pedem e recebem sacramentos”, pela “formação de cristãos conscientes”, pela “partilha de tarefas”, pela “resposta às novas realidades eclesiais e sociais”, pelo “envolvimento e colaboração de um número crescente de leigos, valorizando a sua função de modo a assumirem na Igreja a especificidade da sua missão”.

D. Manuel Quintas apelou ainda a que prossigam na “edificação de comunidades fraternas e missionárias pela prática da caridade cristã do amor ao próximo” pelo “reforço dos grupos sócio-caritativos com uma intensificação do voluntariado, de modo a envolver ainda mais toda a comunidade na resposta ao apoio dos que mais precisam”. “Para conseguir estes objetivos muito contribuirá igualmente a valorização dos diferentes carismas e movimentos eclesiais, de modo a que cada um coloque ao serviço das comunidades onde estão inseridos a especificidade do seu carisma e, particularmente, a sua vertente espiritual e a sua missão”, acrescentou.

O bispo do Algarve, que apelou à “conversão da mente e do coração” pela “mudança de atitudes e critérios de vida que não refletem a condição de cristãos”, afirmou que os 16 encontros realizados, quase todos interparoquiais, permitiram-lhe um “melhor e mais próximo conhecimento” das comunidades cristãs. “Permitiu-me, com os vossos párocos, alguma revisão da ação pastoral, a verificação do muito que se faz, das solicitações crescentes aos mais diversos níveis, do muito que urge responder e também a oportunidade para dar mais realce ao apostolado dos presbíteros, dos consagrados e dos leigos e estimular as vossas comunidades cristãs a prosseguir com zelo e criatividade a sua missão evangelizadora”, disse.

Esta foi a terceira visita pastoral de D. Manuel Quintas neste ano pastoral de 2011-2012, depois das duas anteriores realizadas à Conceição de Faro e a Estoi e Santa Bárbara de Nexe.

Samuel Mendonça

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