
O bispo do Algarve encerrou ontem a visita pastoral às paróquias e ao vicariato (quase paróquia) da cidade de Portimão, iniciada no passado dia 30 de novembro, a terceira deste ano 2013/2014.
D. Manuel Quintas, que visitou as paróquias matriz e Nossa Senhora do Amparo e o vicariato do Sagrado Coração de Jesus, afirmou este fim de semana nas eucaristias de encerramento que se tratou de “um tempo de dom e de graça”.
O prelado deu “graças a Deus” por tudo o que lhe foi dado “conhecer, partilhar e escutar”. “Cada visita pastoral é sempre um tempo em que me sinto mais fortalecido também na minha fé e na minha missão como bispo desta diocese do Algarve. Sinto-me grato ao Senhor por tudo o que recebi de vós. Pelo que me foi dado, não apenas conhecer mas, particularmente, celebrar e aprofundar a fé, escutando os vossos testemunhos de como servis esta paróquia e como aprofundais a vossa fé”, afirmou ontem de manhã na paróquia matriz de Portimão, de que é pároco o padre Mário de Sousa.

O bispo diocesano recordou os encontros com as crianças da catequese e com os seus pais que encherem aquele templo, bem como o encontro com os adultos em aprofundamento da fé que encheu a igreja do Colégio. A paróquia da matriz de Portimão conta com 752 crianças e adolescentes na catequese, 102 adultos em aprofundamento da fé, 96 em grupos de Lectio Divina e 36 na Escola de Leigos da vigararia de Portimão. Para além disso há 72 pessoas em grupos das Oficinas de Oração e Vida, 220 associadas do Apostolado de Oração, 166 no movimento da Mensagem de Fátima e 67 no Caminho Neocatecumenal.
Antes, na eucaristia na igreja do vicariato do Sagrado Coração de Jesus, na zona da Pedra Mourinha, cuja construção ainda não está acabada, D. Manuel Quintas destacou a “esperança” daquela comunidade entregue aos cuidados do padre Manuel Leitão Marques. “Encontrei esperança em todos e o padre Marques é o primeiro a tê-la. Vi essa esperança, mesmo relativamente à continuidade das obras para o andar de cima. Por isso, eu próprio me senti encorajado com a vossa esperança”, destacou, apelando à “união” e à “comunhão de todos” e lembrando os que colaboram na comunidade “de maneira mais direta com muita generosidade”.
Nas duas comunidades, D. Manuel Quintas exortou ao aprofundamento da fé dos adultos. “Neste momento, na diocese estamos a investir muito nisso”, sustentou.
Logo no sábado à noite, na eucaristia na igreja de Nossa Senhora do Amparo, o bispo diocesano destacou o “envolvimento da comunidade” no Centro Social e Paroquial daquela comunidade de que é pároco o padre Domingos Costa, com as valências de Centro de Dia e Refeitório Social, e que D. Manuel Quintas considerou como “um hino à caridade e ao bem-fazer”. “Toda essa valência paroquial continua a ser expressão da própria comunidade que assume o Centro como seu, na partilha de bens e com tantos voluntários”, afirmou D. Manuel Quintas, destacando as 1800 refeições mensais servidas a pessoas carenciadas e que, segundo o prelado, são praticamente confecionadas na sua totalidade com géneros alimentícios oferecidos.

Nos últimos 15 dias, o bispo do Algarve encontrou-se com os Conselhos Paroquiais, pastorais e económicos, com os jovens, acólitos, casais, pais, catequistas, crianças, adolescentes e jovens da catequese, voluntários, grupos bíblicos, efetivo do agrupamento de escuteiros, membros de movimentos e dos diversos serviços das paróquias e núcleos da Caritas.
O prelado visitou ainda doentes, idosos e sem-abrigo, lares, centros paroquiais e centros de dia, escolas, a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia, a Rádio Costa D’Oiro, a Casa de Nossa Senhora da Conceição, os hospitais, os Bombeiros Voluntários e o Lar da Criança.
Ao longo do presente ano pastoral, D. Manuel Quintas visitará ainda a paróquia de Alvor, de 5 a 12 de janeiro, a paróquia de Lagoa, de 19 a 26 de janeiro, a paróquia da Mexilhoeira Grande, de 9 a 16 de fevereiro, e a paróquia de Monchique, de 30 de março a 6 de abril.
O Código de Direito Canónico estabelece que os bispos têm a obrigação de visitar toda a diocese ao menos a cada cinco anos, podendo, em caso de necessidade, delegar essa tarefa no prelado coadjutor ou auxiliar, ou ainda num padre.
com Humberto Martins e Filipe Pomba