Segundo uma nota enviada à Agência Ecclesia, a reestruturação contemplou ainda a escolha do bispo do Algarve para as relações entre o episcopado e os religiosos e religiosas da Vida Consagrada.
Recorde-se que D. Manuel Quintas pertence à Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus (dehonianos) e que já em maio deste ano tinha sido eleito vogal do Conselho Permanente da CEP (ler notícia) vigente para o atual triénio de 2011-2014. Na altura, a assembleia da CEP decidiu adiar as eleições para as presidências das comissões episcopais por aguardar pelas nomeações dos bispos entretanto ocorridas.Da assembleia plenária, que desde ontem decorre em Fátima, resultaram também outras escolhas. O arcebispo de Braga e anterior presidente da CEP, D. Jorge Ortiga, para dirigir a Comissão da Pastoral Social, departamento que ganha o pelouro da Mobilidade Humana, antes autónomo.
D. Pio Alves, um dos bispos auxiliares do Porto, sucede a D. Manuel Clemente, responsável pela diocese portuense, na presidência da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.
Para conduzir a Comissão Episcopal da Educação Cristã, que passa a integrar a Doutrina da Fé, até agora independente, o plenário votou no bispo de Aveiro, D. António Francisco dos Santos.
A Comissão Laicado e Família, que mantém a designação, será dirigida pelo bispo de Portalegre-Castelo Branco, em substituição de D. António Carrilho, responsável pela diocese do Funchal.
O bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, coordena agora a Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, em lugar de D. António Francisco dos Santos.
A direção da Comissão Episcopal da Liturgia, agora denominada Liturgia e Espiritualidade, continua a ser ocupada pelo bispo de Viana do Castelo, D. Anacleto de Oliveira.
D. António Couto, um dos bispos auxiliares de Braga, mantém a presidência da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização, antes denominada das Missões.
O bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, é o delegado na Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE).
Por inerência do cargo a CEP será representada pelo seu presidente, D. José Policarpo, no Pontifício Colégio Português, em Roma, e no Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE).
A Conferência episcopal vai ser representada na Universidade Católica Portuguesa pelo magno chanceler da instituição académica, o cardeal-patriarca de Lisboa.
Os bispos que vão ocupar o cargo de vogais das várias Comissões poderão ser eleitos “até quinta-feira”, dia em que se conclui a assembleia plenária, revelou à Agência Ecclesia o responsável pelo Secretariado Geral da CEP, padre Manuel Barbosa.
A designação das sete comissões episcopais ficou assim determinada: Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé; Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana; Comissão Episcopal do Laicado e Família; Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios; Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais; Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade; Comissão da Missão e Nova Evangelização.
Esta segunda-feira, na abertura dos trabalhos, o presidente da CEP observou que o organismo episcopal “não governa as Igrejas de Portugal, qual parlamento que tivesse a última palavra a dizer”.
Quanto às Comissões Episcopais, D. José Policarpo afirmou que as mesmas “são órgãos decisivos” para que a CEP “possa realizar a sua missão” em “áreas específicas de intervenção”.
Depois do encerramento da assembleia tem lugar, às 14h30, uma conferência de imprensa na qual será apresentado o comunicado final da reunião do episcopado católico.