Se_faroO bispo do Algarve presidiu na manhã do passado sábado à eucaristia de aniversário da dedicação da Sé de Faro, a igreja-mãe da diocese algarvia.

D. Manuel Quintas lembrou que aquela catedral é testemunha das diversas vicissitudes do crescimento da Igreja no sul da Península [Ibérica] e mais tarde no território definido como Algarve”. “A passagem da sede da diocese de Silves para Faro e o estabelecimento, nesta cidade, da residência episcopal com D. Jerónimo Osório, em 1577, determinou que esta igreja assumisse, possivelmente de novo, a classificação de catedral de Faro”, explicou.

O prelado disse que “a decisão do bispo D. Marcelino Franco em proceder em 1943 à sua dedicação prende-se com o facto de não se conhecer qualquer data em que esta celebração tivesse sido realizada, mesmo após o restauro a que esteve sujeita aquando do incêndio que sofreu em fins do século XVI”. “A escolha do dia 19 de julho está ligada ao facto de neste dia, há 71 anos, D. Marcelino Franco celebrar as suas boas de ouro sacerdotais, data certamente acordada com o cabido de então, o clero e o povo de Deus que quis unir numa única celebração tão feliz acontecimento”, acrescentou.

D. Manuel Quintas lembrou que “o bispo diocesano tem como ponto focal do seu ministério a igreja catedral que constitui, de certo modo, a igreja-mãe e o centro de convergência da Igreja particular”. “É a partir da sua cátedra que o bispo educa e faz crescer o seu povo através da pregação e preside às principais celebrações do ano litúrgico e dos sacramentos. É a presença desta cátedra que constitui a igreja-catedral como o centro espiritual concreto de unidade e comunhão para o presbitério diocesano e para todo o povo santo de Deus”, complementou, lembrando que, “deste modo, aquilo de que a igreja-catedral é símbolo, não se limita à ação pastoral e ao ministério do bispo diocesano”. “Ela é expressão, quer da unidade e comunhão com todo o clero e o povo de Deus, quer do «templo» espiritual e edificado no interior de cada crente pela graça batismal”, concretizou.

A terminar, desejou que a celebração do aniversário da igreja catedral proporcione aos cristãos algarvios um “maior crescimento da consciência da Igreja de «pedras vivas»” que todos constituem em vista de um “serviço corresponsável” à Igreja diocesana, “cada um a partir da sua realidade concreta, da sua comunidade paroquial”.

Homilia do bispo do Algarve, D. Manuel Quintas: