Cinquenta e oito dos cerca de 200 Caminheiros e Companheiros (escuteiros dos 18 aos 22 anos, respetivamente dos ramos terrestre e marítimo) do Corpo Nacional de Escutas (CNE) participaram no passado fim de semana no oitavo ciclo do Cenáculo, um fórum que visa o debate sobre temas de interesse para o desenvolvimento da IV secção escutista.
Incluindo equipa organizadora e observadores, o total de participantes perfez os 76 elementos neste fórum, que procura igualmente estimular os processos de tomada de decisão a todos os níveis, incitando aqueles escuteiros da IV secção do CNE a serem mais ativos e participantes no movimento, na Igreja e na sociedade. No cenáculo todos os participantes têm oportunidade de partilhar ideias e experiências, bem como de apresentar sugestões.
A coordenadora geral do ciclo deste ano do Cenáculo, que teve lugar de sexta-feira até domingo nos anexos do Seminário de São José de Faro, explicou ao Folha do Domingo que a iniciativa visou levar os participantes a uma maior proatividade, quer na região, quer nas atividades internacionais do movimento escutista.
Raquel Jacob adiantou que o encontro abordou ainda a dimensão pessoal do serviço dos elementos da IV secção. “Fizemos um plenário ainda para que pensemos melhor na forma como encaramos a nossa promessa e como a vivemos todos os dias”, afirmou, destacando, como exemplo, a importância de servir através das tarefas diárias mais simples.
Aquela responsável contou ainda terem sido discutidas “formas de agir” com vista à colaboração corporativa na região em necessidades específicas como nos trabalhos de recuperação dos estragos provocados por intempéries.
Foi ainda abordada a “responsabilidade do Caminheiro/Companheiro no movimento e na secção” tendo em vista uma maior participação nas atividades e um maior envolvimento dos jovens escuteiros na “mística da quarta secção”. “É uma secção muito complicada em que vamos para a universidade e surgem outros interesses. Há muitas saídas”, constatou Raquel Jacob, acrescentando que um dos plenários procurou compreender o motivo dessa realidade e encontrar soluções.
As propostas que pretendem levar a cabo e os objetivos que querem cumprir durante este ano incluíram, uma vez mais, as conclusões para a C(y)arta, um documento que resulta do Cenáculo e que foi publicado no sítio do Cenáculo, tendo sido também enviado para a equipa nacional e divulgado à Junta Central do CNE. No Algarve, a reflexão deste órgão consultivo do CNE é enviada também à Junta Regional e aos agrupamentos da região.
“O último plenário foi sobre aquilo que nos une e nos traz aqui que é a fé, que nos difere de outras organizações e como é que podemos vivê-la e aplicá-la a esta mística que envolve a nossa secção”, acrescentou ainda a coordenadora geral.
O encontro, que teve apoio da União de Freguesias e de uma pastelaria de Faro nas refeições, contou ainda no sábado à noite com o tradicional Fogo de Conselho, seguido de um momento de oração.
No domingo, o oitavo ciclo do Cenáculo, que teve como lema “Lembra-te de quem és” e foi desenvolvido em torno do imaginário do filme de animação “O Rei Leão”, incluiu a celebração da eucaristia presidida pelo padre António de Freitas.