Cenaculo_2019 (25)Setenta e seis Caminheiros e Companheiros (escuteiros dos 18 aos 22 anos, respetivamente dos ramos terrestre e marítimo) do Corpo Nacional de Escutas (CNE) participaram no passado fim de semana no nono ciclo do Cenáculo, um fórum que visa o debate informal sobre temas de interesse para o desenvolvimento da quarta secção escutista.

Daquele número fizeram parte os 13 membros da Equipa Projeto do Cenáculo e a edição deste ano foi ainda participada por dois dirigentes, designados observadores. O fórum procura igualmente estimular os processos de tomada de decisão a todos os níveis, incitando aqueles escuteiros a serem mais ativos e participantes no movimento, na Igreja e na sociedade. No Cenáculo todos os participantes têm oportunidade de partilhar ideias e experiências, bem como de apresentar sugestões.

O coordenador geral deste nono ciclo do Cenáculo, que teve lugar de sexta-feira até domingo na escola básica 2/3 Dr. Francisco Cabrita, em Albufeira, explicou ao Folha do Domingo que a iniciativa – iniciada na sexta-feira à noite com o check in, a celebração da bênção da vela, presidida no Centro Pastoral Beato Vicente pelo padre Nuno Coelho, assistente regional adjunto do CNE, e a abertura com indicação das regras que os jovens escuteiros deveriam respeitar para se apresentarem naquele fórum –, se realizou em torno do imaginário do filme de animação “Kenai e Koda”.

Vasco Carvalho explicou que nos plenários foram feitas analogias a passagens do filme e disse que no primeiro, apresentado pelo chefe Bruno Ferreira, dirigente do Agrupamento 714 de Albufeira e um dos observadores deste nono ciclo do Cenáculo, exortou à “transformação em homens novos”, procurando levar os escuteiros a refletirem sobre o seu contributo para a mudança do mundo.

No segundo plenário, protagonizado pelo chefe João Sequeira do Agrupamento 173 de Lagos, foi abordada a questão da adesão informal à quarta secção e na terceira, da responsabilidade do chefe João Miguel, do Departamento de Ambiente da Junta Regional do Algarve do CNE e dirigente do Agrupamento 181 de Silves, foi apresentado o conceito de pegada ecológica e de biocapacidade e os jovens escuteiros foram elucidados sobre a forma de as medir. Por equipas pensaram ainda em medidas ambientais a tomar individualmente e em grupo.

No sábado foram ainda realizados jogos e discutidos os pontos a incluir na C(y)arta de Cenáculo, um documento que resulta daquele encontro e que será enviado para a equipa nacional e divulgado à Junta Central do CNE. No Algarve, a reflexão deste órgão consultivo do CNE é enviada também à Junta Regional e aos agrupamentos da região. “São objetivos que queremos cumprir”, assegurou Vasco carvalho, manifestando a vontade dos jovens escuteiros na consecução daquelas propostas.

À noite realizou-se o tradicional Fogo de Conselho, preparado durante a tarde.

No domingo de manhã, o último plenário realizou-se por grupos de discussão que foram trocando de orador a cada 15 minutos e procuraram refletir sobre o caminheirismo à luz do seu centenário de fundação que se está a celebrar presentemente. Os oradores partilharam como era vivido o caminheirismo no seu tempo e as suas experiências enquanto caminheiros, também através da participação em atividades de âmbito nacional, explicaram como vivem agora o caminheirismo, uns já não estando no ativo e outros optando por ser dirigentes, e referiram-se ainda a atividades que ajudaram a fortalecer o clã regional.

O encerramento do Cenáculo foi feito após a celebração da eucaristia, presidida pelo padre António de Freitas, e a assinatura da C(y)arta pelos participantes.