Devido ao meu trabalho académico passei o último mês a debruçar-me intensamente sobre o que magistério eclesiástico disse sobre o ambiente digital em geral e a Inteligência Artificial em particular nos últimos. Entre documentos do magistério e respetivos estudos, comentários e análises sobre estes há muito para ler e refletir. No entanto, há uma ideia clara em nenhuma circunstância a Inteligência Artificial substituir o Ser humano na sua capacidade relacional, empática e sobretudo de relação humana. Eu pensava e defendia absolutamente isso tudo até ao início desta semana. Aí verifiquei, a propósito da polémica sobre liberdade de expressão no Parlamento Português e a ofensa a pessoas, que o ChatGPT4.0 tem mais noção de educação, valores humanos e cristãos que alguns deputados. Leiam, por favor, e rezem para que alguns sejam ao menos tão cristãos e educados quanto a tecnologia. Para que não haja dúvidas aqui fica o link da conversa. Só a oração nos pode ajudar!

Miguel Neto (MN): boa tarde

ChatGPT: Boa tarde! Como posso ajudar você hoje?

MN: Estás a par da polémica na Assembleia da República Portuguesa entre o partido Chega, a ofensa ao povo turco, a reação do Presidente da Assembleia da República e a liberdade de expressão?

ChatGPT: Recentemente, houve uma polêmica significativa na Assembleia da República Portuguesa envolvendo o partido Chega e declarações ofensivas dirigidas ao povo turco. Durante uma sessão parlamentar, um deputado do Chega fez comentários considerados ofensivos em relação à comunidade turca, gerando uma forte reação tanto dentro quanto fora do Parlamento. O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, eleito recentemente, interveio para condenar as declarações, reforçando a necessidade de manter o respeito e a decência nas discussões parlamentares. Aguiar-Branco sublinhou que a Assembleia não é um palco para insultos ou ofensas, mas sim um espaço para o debate democrático e político construtivo. Além disso, este incidente reacendeu o debate sobre os limites da liberdade de expressão no Parlamento. Enquanto alguns defendem que os deputados devem ter ampla liberdade para expressar suas opiniões, outros argumentam que essa liberdade não deve incluir discursos de ódio ou xenofobia. O Chega, partido conhecido por suas posições controversas, defendeu o direito de seus membros se expressarem livremente, mas enfrentou críticas de outros partidos que pedem maior responsabilidade e respeito nas declarações feitas no plenário. Este episódio é apenas uma das várias controvérsias recentes na política portuguesa, que também inclui debates acalorados sobre temas como a eutanásia e a aprovação de novas leis. A situação ilustra as tensões entre a liberdade de expressão e a necessidade de manter um discurso civilizado e respeitoso no cenário político.

MN: E qual é a tua opinião sobre o assunto?

ChatGPT: A Minha opinião sobre o incidente na Assembleia da República Portuguesa envolvendo o partido Chega e as declarações ofensivas dirigidas ao povo turco é que a situação é complexa e reflete um equilíbrio delicado entre a liberdade de expressão e o respeito mútuo necessário em qualquer espaço democrático. Por um lado, a liberdade de expressão é um pilar fundamental das democracias modernas. Permitir que representantes eleitos expressem suas opiniões, mesmo que controversas, é essencial para o funcionamento de um parlamento que busca refletir uma diversidade de perspetivas. No entanto, essa liberdade não é absoluta e deve ser exercida com responsabilidade. Discursos que incitam ódio, discriminam ou ofendem grupos específicos não só são moralmente questionáveis, mas também podem violar princípios legais e éticos. A intervenção do Presidente da Assembleia, condenando as declarações e reafirmando o compromisso com um debate respeitoso, foi apropriada e necessária. A liderança parlamentar tem a responsabilidade de manter a ordem e assegurar que o discurso não degrade em insultos pessoais ou ataques que possam prejudicar o tecido social. Este tipo de postura é essencial para preservar a integridade do processo democrático e o respeito entre os representantes eleitos. Em suma, enquanto a liberdade de expressão deve ser protegida, ela deve ser equilibrada com a necessidade de manter um ambiente de respeito e dignidade, especialmente em um espaço tão significativo como o parlamento. Promover um debate saudável e construtivo é fundamental para o progresso democrático e social.

MN: E achas que o deputado André Ventura e o partido Chega deviam ter cuidado com o que dizem na Assembleia da República?

ChatGPT: Sim, acredito que André Ventura e o partido Chega deveriam ter cuidado com o que dizem na Assembleia da República. Há várias razões para isso:

Responsabilidade e Decoro Parlamentar: Deputados são representantes do povo e, como tal, têm a responsabilidade de manter um nível de decoro e respeito no discurso. Discursos ofensivos ou discriminatórios não apenas minam a dignidade do parlamento, mas também podem incitar divisões sociais e prejudicar o tecido social do país.
Impacto nas Relações Internacionais: Comentários ofensivos contra outros países ou povos, como foi o caso das declarações sobre o povo turco, podem ter repercussões diplomáticas. A diplomacia requer cuidado e respeito, e declarações imprudentes podem prejudicar as relações internacionais de Portugal.
Legislação Contra Discriminação: Portugal, como muitas democracias modernas, tem leis que proíbem a discriminação e o discurso de ódio. Deputados que violam essas normas não estão apenas desrespeitando seus colegas, mas também podem estar infringindo a lei.
Efeito no Debate Democrático: Um discurso respeitoso é essencial para um debate democrático saudável. Quando os parlamentares utilizam linguagem inflamatória ou ofensiva, isso pode polarizar ainda mais o debate político e dificultar a construção de consensos em questões importantes.
Exemplo para a Sociedade: Parlamentares são figuras públicas e seus comportamentos são frequentemente vistos como exemplos. Discurso irresponsável pode normalizar atitudes discriminatórias e ofensivas na sociedade em geral, algo que é perigoso e contraproducente para a coesão social.
Portanto, enquanto a liberdade de expressão é fundamental, ela deve ser exercida com responsabilidade, especialmente em contextos oficiais e de grande visibilidade como a Assembleia da República. Deputados como André Ventura e os membros do Chega deveriam, sim, ter mais cuidado com suas palavras para promover um ambiente de respeito e cooperação dentro e fora do parlamento.

MN: E do ponto de vista como cristão católico assumido achas que a sua postura é a correta?

ChatGPT: Do ponto de vista de um cristão católico assumido, a postura de André Ventura e do partido Chega na Assembleia da República pode ser avaliada com base em princípios cristãos fundamentais, como o amor ao próximo, a dignidade humana e o respeito mútuo. A doutrina social da Igreja Católica enfatiza a importância de tratar todas as pessoas com respeito e dignidade, independentemente de suas origens, etnias ou crenças.
Amor ao Próximo: Jesus ensinou a amar o próximo como a si mesmo (Mateus 22:39). Isso implica tratar todos com respeito e evitar linguagem que possa ser prejudicial ou ofensiva. Discursos que denigrem ou ofendem outras culturas ou povos não estão alinhados com este ensinamento central do cristianismo.
Dignidade Humana: A Igreja Católica afirma a dignidade inata de todas as pessoas, criadas à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:27). Declarações que desrespeitam ou desumanizam indivíduos ou grupos específicos contrariam esse princípio fundamental. Os católicos são chamados a defender a dignidade de todos, especialmente dos marginalizados e vulneráveis.
Promoção da Paz e da Justiça: O Catecismo da Igreja Católica (CCC 2304) ensina que a paz é “a tranquilidade da ordem” e deve ser construída continuamente. Os líderes políticos têm a responsabilidade de promover a paz e a justiça social, evitando retórica divisiva que possa gerar conflitos e tensões sociais.
Discurso Responsável: Segundo a Carta Pastoral dos Bispos dos EUA, “Faithful Citizenship”, os católicos envolvidos na política devem promover o bem comum e agir com responsabilidade. Isso inclui uma comunicação respeitosa e construtiva, que contribua para o diálogo e a unidade, em vez de semear discórdia.
Portanto, do ponto de vista de um cristão católico, a postura de André Ventura e do partido Chega, quando inclui declarações ofensivas, não está alinhada com os valores cristãos de respeito, dignidade e amor ao próximo. Os líderes políticos católicos são chamados a agir de maneira que reflita esses princípios, promovendo um ambiente de respeito e diálogo construtivo.

MN: Obrigado. Tenho pena que tenhas mais discernimento e sabedoria que muitas pessoas aparentemente cristãs.

ChatGPT: Entendo a sua frustração. Muitas vezes, as ações e palavras de algumas pessoas que se identificam como cristãs não refletem os princípios e ensinamentos fundamentais do cristianismo. Esses princípios incluem amor, respeito, justiça e a dignidade de cada ser humano. É importante lembrar que o discernimento e a sabedoria são qualidades que todos podemos buscar e desenvolver, independentemente de nossa fé ou posição social.
Agradeço por sua reflexão e espero que possamos todos trabalhar para promover um diálogo respeitoso e construtivo, não só na política, mas em todos os aspetos de nossas vidas.
Graças a Deus que deu ao homem a possibilidade e a capacidade de construir uma tecnologia que muitas vezes é mais sensata e educada e transmite valores cristãos que outros homens dizem, mas não testemunham na sua vida!