No âmbito do Dia Mundial do Turismo que hoje se assinala, sob o tema “Turismo e água: proteger o nosso futuro comum” proposto pela Organização Mundial do Turismo, o Sector da Pastoral do Turismo da Igreja do Algarve lembra a importância da água e evidencia a sua ligação á atividade económica e turística algarvia e á religiosidade dos algarvios.
“A água é um dos bens mais essenciais de que dispomos e em muitas partes do mundo, um bem escasso e de acesso muito limitado”, começa por lembrar aquele serviço da Diocese do Algarve numa mensagem divulgada ontem, destacando “papel que o Turismo pode ter como atividade potenciadora do acesso á água e da conservação dos recursos hídricos” do planeta
O Sector Diocesano da Pastoral do Turismo (SDPT) lembra que, na região, “a água assume um papel ainda mais significativo” porque “garante a existência de uma atividade turística regular da maior importância para a economia local” através do “produto sol e mar”, “aquele que faz mover a hotelaria, a restauração e todos os pequenos comércios de litoral”
O SDPT sublinha ser “o mar – logo, a água – que desde os tempos dos primeiros povoamentos da região, garante a subsistência das comunidades” algarvias, lembrando a importância da pesca, bem como a indústria conserveira a ela ligada.
Aquele organismo da Igreja algarvia recorda ainda que, neste contexto, “muitas são as manifestações de fé próprias das gentes do mar”, destacando as “diversas procissões marítimas, onde as imagens saem em embarcações engalanadas, pedindo a proteção da comunidade piscatória”, a “devoção particular” a São Pedro, o “discípulo de Jesus que deixou de ser pescador de peixes, para passar a ser pescador de homens e guiar a Igreja” e a “grande devoção a Nossa Senhora, nomeadamente a algumas invocações que as comunidades marítimas tinham como protetoras da sua faina”
O SDPT conclui então que “o Algarve é, pois, uma terra de mar, uma terra de água, uma terra de fé” e que “lembrar estas tradições é, igualmente, garantir que estes recursos e a identidade dos algarvios é preservada” e assegura que “continua a trabalhar para dar a conhecer as tradições religiosas da região algarvia e para preservar e promover todo o património que é um bem e um valor para o Turismo do Algarve”.
Aquele organismo –, cujo ‘site’ disponibiliza informações sobre o património religioso algarvio –, diz que tem sido “pioneiro” na “abordagem destas temáticas ligadas ao turismo”