Parque_tecnologico_internacional_algarveA Câmara de Faro está a projetar a criação do Parque Tecnológico Internacional do Algarve (PTIA), entre o aeroporto e a universidade, que vai ocupar uma área equivalente a 17 campos de futebol, disse à Lusa o vice-presidente da autarquia.

“Não hão de haver muitos parques tecnológicos na Europa com as características que este vai ter, junto a uma universidade e encostado a um aeroporto [internacional] e com a Ria Formosa e as condições que o Algarve pode oferecer todo o ano”, afirmou Paulo Santos.

O plano de pormenor para Montenegro/Gambelas deve estar formalmente aprovado “dentro de um ano”, sendo um dos projetos o parque tecnológico, acrescentou.

A Câmara de Faro vai criar a “base urbanística” em parceria com a Universidade do Algarve (UAlg), para que seja desenvolvido o parque tecnológico, onde empresas queiram investir e estabelecer-se.

Incubadoras, escritórios ou laboratórios de investigação aplicada, para rentabilizar a proximidade à UAlg, ou disponibilizar recursos humanos e serviços especializados de valor acrescentado de apoio às empresas são alguns dos objetivos que a autarquia aponta para o PTIA.

“A proximidade geográfica a todo o mercado ibérico e a diversos outros destinos, a par das características próprias do clima, constituem motivos mais do que suficientes para o impulso decisivo da competitividade de Faro e da região, tanto no plano nacional como internacional”, defende a autarquia.

Paulo Santos argumentou que a “grande mais-valia” do PTIA é o facto de o terreno estar situado entre o aeroporto e a universidade, criando “condições ótimas para as empresas, porque tem as acessibilidades junto ao conhecimento que é gerado pela universidade”.

Cooperar com entidades nacionais e internacionais com conhecimentos e transferir tecnologia, proporcionar trabalho em rede entre universidades, empresas instaladas, empresários, investidores e parceiros de investimento são outros objetivos.

O Plano de Urbanização para Montenegro/Gambelas (105 hectares), que teve início em 2011 ao abrigo do projeto MED Technopolis e cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), vai ter “espaços residenciais”, “espaços para atividades económicas e de uso especial” e “espaços verdes”.