Dezenas de pessoas participaram ontem, em Aljezur, numa “vigília cultural” em protesto contra o anunciado encerramento da repartição de finanças local, prometendo outras ações de luta até que o Governo recue na sua decisão, disse fonte da organização.
“Não aceitamos o encerramento de um serviço essencial para a população e iremos protestar através de todos os meios legais”, disse à agência Lusa João Cabral, um dos organizadores do protesto.
Organizada por um grupo de cidadãos do concelho de Aljezur, a vigília, que decorreu à porta da Repartição de Finanças, contou com a participação de artistas locais e a intervenção de representantes de partidos políticos.
De acordo com João Cabral, “o protesto pretendeu mostrar a indignação da população de Aljezur, contra o falado encerramento das Finanças, organismo que serve milhares de pessoas”.
João Cabral indicou que a população “está disposta a lutar através de todos os meios legais para evitar o fecho das Finanças na localidade”, acrescentando que “estão a ser equacionadas outras formas de luta”.
“Vamos lutar pela manutenção deste serviço, pois o seu encerramento seria muito penalizador para os cerca de 5.000 habitantes de Aljezur”, referiu.
Em outubro, o Diário de Notícias publicou um mapa sobre a alegada reorganização dos serviços de Finanças, com base em cruzamento de dados, nomeadamente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos.
Segundo o estudo, podem vir a encerrar metade das atuais repartições, ou seja 154 serviços, sobretudo no interior do país.