Na Eucaristia, participada por um significativo grupo de religiosos do Algarve, D. Manuel Quintas destacou que a “primeira atitude” numa ocasião como esta é sempre de “acção de graças e louvor ao Senhor pelo dom da vocação e da consagração”. “O que deve brotar do nosso coração é um grande obrigado. Obrigado pela vossa fidelidade ao Evangelho”, explicou o prelado que lembrou as palavras do Papa na oração de vésperas com os consagrados em Fátima aquando da sua recente visita a Portugal.
“É importante deixar que o Espírito rejuvenesça o amor. Só é possível celebrar 50 anos de consagração se houver esta experiência forte e intensa do amor, que é o amor de Cristo na cruz”, acrescentou D. Manuel Quintas, sublinhando que “só o amor explica todas as vocações pelas quais se tece o caminho de santidade”. O Bispo diocesano apelou à compreensão da vida consagrada como “expressão e escola da caridade”.
“A vida de um consagrado não se mede pela eficácia pastoral, mas sobretudo por aquilo que ela é e representa para a Igreja toda”, disse D. Manuel Quintas, ressalvando que “a vida consagrada é um bem para a comunidade e não apenas para a Igreja”. Neste sentido lembrou que “Cristo continua, através dos consagrados, a retirar-se em oração, a consolar os aflitos, a dar de comer aos famintos, a acarinhar as crianças, a libertar os oprimidos, a testemunhar que é possível a vida fraterna, a anunciar a Boa Nova da salvação” e afirmou que “a fidelidade à própria vocação exige coragem e confiança”.
Surpresa pela celebração com que não contava, a irmã Alda Rego, chegou a emocionar-se. “Queria dizer-vos tanto, tanto que é melhor ficar calada porque por mais que vos dissesse não diria quase nada”, agradeceu em verso. Em jeito de renovação da profissão de fé realizada há 50 anos, a religiosa manifestou o seu contentamento pela celebração das bodas de ouro de consagração. “Com a mesma alegria de há 50 anos, recebe Senhor o pouco que tenho e o nada que sou”, disse.
Natural de São Miguel, nos Açores, com uma vasta experiência na catequese, a irmã Alda Maria Rego chegou ao Algarve em Setembro de 2008 para trabalhar no Sector da Catequese da Infância e da Adolescência.
A religiosa, esteve durante 22 anos na diocese do Porto, 3 em Viseu e depois em Fátima, no Centro Catequético da congregação.
Samuel Mendonça