Rui André, presidente da Câmara Municipal de Monchique
Rui André, presidente da Câmara Municipal de Monchique

O presidente da Câmara de Monchique revelou que o orçamento da autarquia para 2014 prevê investimento para alavancar o emprego e a criação de riqueza, após um mandato concentrado na recuperação financeira.

Rui André, em declarações à agência Lusa a propósito das Grandes Opções do Plano municipais e do Orçamento para o próximo ano, disse que “o mandato anterior foi muito marcado pela preocupação do reequilíbrio financeiro da Câmara, do pagamento das dívidas e de algumas alterações em termos de gestão”, política que agora quer complementar com o investimento, sendo “o mais importante a criação de um Parque Empresarial”.

“Aquele (investimento) que destacaria como mais importante é o do arranque do Parque Empresarial, que é uma aspiração do concelho há muitos anos”, afirmou o autarca, frisando que o concelho “é rico em matéria-prima, concretamente madeira e pedra, e é a altura ideal para se apostar muito na transformação desta matéria-prima”.

Rui André frisou que sai de Monchique muita “matéria por transformar e a transformação aqui no local pode ser uma mais-valia do ponto de vista de criar emprego e riqueza”, mas também de “potenciar o surgimento de negócios associados àquilo que são as riquezas naturais” do concelho.

O autarca disse que o orçamento municipal para 2014, que dispõe de um total de 15,5 milhões de euros, é “realista” e prevê também investimentos em áreas como o saneamento básico e abastecimento de água, que vão permitir “fazer face a algum atraso que o município de Monchique tem relativamente a outros concelhos”, porque há zonas ainda não abrangidas por essas redes.

O presidente da Câmara de Monchique disse, ainda, que muitos dos projetos de investimento têm já financiamento comunitário garantido e o orçamento foi também acompanhado de “propostas de empréstimos para fazer face à comparticipação nacional”.

Segundo Rui André, o município procura assim soluções para inverter a tendência de ter “uma população ativa muito inferior à população geral” e que se situa em “apenas 25 por cento”, o que, para o autarca, “é um entrave para a autarquia porque tem que despender muito em apoios sociais a famílias desfavorecidas e a grupos etários mais vulneráveis”.