Os técnicos e responsáveis pela montagem trabalharam contra o tempo para ver se a instalação do ecrã ficava pronta às 15:00, hora do pontapé de saída do encontro de estreia de Portugal na África do Sul, mas 15 minutos depois do início da partida ainda não tinham conseguido fazer o ecrã funcionar.
A situação motivou os protestos das centenas de pessoas presentes, que começaram a rumar aos cafés e bares das redondezas para poderem ver o jogo.
"Isto é uma vergonha. Estão a dizer que não pagaram o ecrã e agora ninguém vê nada. Estão aí a montar o ecrã, já começou o jogo e nada. Vou é para o café ver o jogo descansado. Até as bancas das bebidas ainda não estão completamente montadas", criticou Hélder Santana, um dos adeptos que esperava ver o jogo no Jardim Manuel Bívar, na baixa da cidade.
Também Henrique Castro não escondeu a sua insatisfação por não conseguir ver a partida no ecrã gigante, lamentando que seja "tudo feito sempre à pressa".
"Fazem as coisas à pressa e depois dá nisto. Já começou o jogo e não se vê nada e agora estão aqui uma centenas de pessoas que não vão conseguir ver Portugal", afirmou este estudante da Universidade do Algarve.
Vuvuzelas, assobios e palavras como "isto é uma vergonha" ou "é sempre a mesma m…", foi a reação geral das centenas de pessoas, que 15 minutos depois do apito inicial começaram a abandonar o recinto em direção aos ecrãs mais próximos.
O ecrã gigante devia ter ficado montado a tempo ao abrigo de uma parceria entre a Câmara Municipal de Faro e a Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve (Acral).
A autarquia anunciou segunda-feira que, juntamente com a Acral, seria dispobnibilizado um ecrã gigante no Jardim Manuel Bívar em que seriam "transmitidos todos os jogos do Campeonato de Mundo de futebol a decorrer na África do Sul, nos moldes em que tal foi feito em anteriores competições".
"A ANFARO (Associação de Empresários de Aninação Noturna de Faro) ficará com a concessão dos bares de apoio aos visitantes que se espera que esta organização venha a albergar, estando assim reunidas todas as condições logísticas para que, uma vez mais, sem que isso acarrete custos para a autarquia, os munícipes possam acorrer a este palco para presenciar os jogos", podia ler-se no comunicado da Câmara de Faro.
Lusa