O protesto contra a ação de despejo, que foi desencadeada pelo atual senhorio a 28 de janeiro, tem como objetivo demonstrar que se a ARCM encerrar sem uma alternativa, dezenas de músicos vão ficar na rua.
Os músicos vão concentrar-se pelas 09:30 de sábado, dia 04, junto à ARCM, para depois seguirem para o Mercado Municipal de Faro, Teatro Lethes, rua de Santo António (na Baixa da cidade). O desfile contra a ação de despejo da sua sede de há 20 anos termina no Jardim Manuel Bívar.
A ARCM, fundada em 1990 e que alberga 31 grupos do distrito de Faro para ensaios, está instalada em três armazéns na Baixa de Faro, junto a estação de comboios, mas em fevereiro recebeu uma ação de despejo do Tribunal Judicial de Faro, obrigando à desocupação do espaço.
A desocupação dos armazéns da Baixa da cidade é essencial para pôr em prática um projeto imobiliário de mais de 30 milhões de euros, com vista a requalificar a zona da cidade junto à estação de comboios.
A ARCM recusa sair do espaço enquanto a autarquia não encontrar soluções para os artistas e em março apresentou a Câmara de Faro um projeto de arquitetura para a zona ribeirinha da cidade, terreno onde o "Polis Ria Formosa" prevê um anfiteatro ao ar livre.
A associação quer um espaço que "não incomode os vizinhos", localizado na cidade, dado que muitos jovens não têm transportes próprios, disse à Lusa o sócio fundador da ARCM, Armindo Silva.
A ARCM, com 200 sócios, tem uma sede própria com 50 salas de ensaio, sala de espetáculos coberta, pequeno auditório, espaços multiusos e recinto exterior para eventos ao ar livre.
Lusa