O CFC reconhece as “dificuldades de tesouraria” que levaram “à declaração de insolvência da Unicofa pelo Tribunal a requerimento de um fornecedor”, mas defende que “a empresa é viável” e deve haver “uma ação determinada para evitar a sua queda, impedindo também que o ‘cutelo’ do desemprego se abata sobre os 115 trabalhadores”, que “já pediram a suspensão do contrato de trabalho para garantirem o subsídio de desemprego”.

“Vai ser um Natal com uma consoada amarga, mas com um misto de esperança”, afirmou o movimento liderado pelo antigo presidente da Câmara de Faro José Vitorino, frisando tratar-se de “uma empresa com capitais algarvios, mais de três décadas de existência, sediada em Faro e implantada em Tavira, Algoz e Lagos” e com “uma posição de referência no tecido empresarial regional”.

O movimento frisou que, apesar dos problemas de tesouraria, a empresa “estruturalmente é sólida, pelo seu património, rede comercial e qualificação dos trabalhadores”.

A Unicofa, refere o CFC em comunicado, “tem um património que é quase o dobro do passivo, um volume de negócios que em 2009 rondou os 25 milhões de euros e com importantes empresas interessadas em parcerias”.

No comunicado o movimento acrescenta que seria “quase absurdo que a empresa ‘caísse’ com a eventual venda dos bens ao ‘desbarato’ para pagar aos credores”.

O CFC pede, por isso, “para serem desencadeadas ações a vários níveis”, nomeadamente “pelo Governo, IAPMEI, deputados, governadora civil de Faro, Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), presidentes das Câmaras de Faro, Tavira, Silves e Lagos e entidades bancárias”, para evitar o encerramento da empresa e o despedimento de mais de uma centena de trabalhadores.

Folha do Domingo/Lusa