No plano económico, o trabalho da direção do emblema, que contratou um advogado especialista em questões fiscais, levou a que o passivo pudesse ter sido reduzido em cerca de quatro milhões de euros, devido a prescrições de dívidas ao fisco e à Segurança Social.
“O nosso advogado consultou os documentos e, com um trabalho profundo e empenhado, conseguiu descortinar cerca de 4 milhões de euros de dívidas ao fisco e à Segurança Social já prescritas. Esta pesquisa continua e vamos diminuir mais um pouco o passivo”, frisa António Barão.
Quanto à venda do Estádio de São Luís, um processo com vários anos que ainda não teve solução, o presidente do Farense explicou que continua “em ‘stand-by’, à espera que a crise financeira passe e apareça a melhor proposta”.
A equipa de futebol, principal bandeira do clube, alcançou mais um patamar desportivo, subindo à II Divisão num encontro caseiro com o Cova da Piedade (1-0) em que colocou no Estádio de São Luís mais de oito mil espetadores.
“Neste momento, estamos no 12.º lugar da zona sul e tentamos fugir à descida. Acreditamos que o vamos conseguir, até pela clara melhoria da equipa desde que chegou o novo treinador, João de Deus”, assinala o presidente do Farense.
As comemorações do 101.º aniversário do emblema algarvio tiveram hoje lugar com a cerimónia do hastear da bandeira, em frente ao edifício sede, e prolongam-se domingo, com entrada livre no jogo Farense-Carregado e um desfile de todos os atletas do clube antes da partida.
Fundado a 01 de abril de 1910, o Farense alcançou o maior período de glória nos anos 90 do século passado – finalista vencido da Taça de Portugal em 1990 e presença na Taça UEFA, em 1995/96 –, antes de suspender o futebol e recomeçar dos distritais, em 2006.