Foi um debate "intenso" onde também os deputados do PS, CDS e PSD fizeram um pedido de informação verbal sobre o projecto IKEA para o concelho, disse Patinha Antão.
"Que garantias tem a Câmara de que o investimento (…) respeita as condicionantes de usos do solo e o respeito por um desenvolvimento ecológico sustentável", lê-se no documento do BE, a que a Lusa teve acesso.
A associação ambientalista Quercus acusou segunda-feira o grupo sueco IKEA de querer construir uma nova loja no Algarve em solos classificados como Reserva Agrícola Nacional (RAN) e pede à CCDR/Algarve para "defender o ordenamento do território".
A cadeia sueca IKEA anunciou em Dezembro passado que pretende abrir uma loja e um centro comercial Inter IKEA em Loulé, Algarve, um investimento no valor superior a 200 milhões de euros que permitirá criar 3000 postos de trabalho directos.
O BE avança a informação de que a cadeia sueca negoceia através de uma empresa de investimento imobiliário criada em 2008, a IMO 224-Investimentos Imobiliários SA, sediada em Lisboa, nos escritórios do ex-bastonário da Ordem dos Advogados José Miguel Júdice (PLMJ).
Fonte da IMO 224 afirmou à Lusa, no entanto, que a sociedade de advogados PLMJ não tem como "core business" comprar terrenos e que "não anda a comprar terrenos como se fosse uma especuladora imobiliária".
A IMO 224 é uma sociedade veículo constituída para a compra de terrenos em nome do Ikea.
Fonte que está a acompanhar o processo junto da Câmara de Loulé adiantou à Lusa que ainda não foi entregue "nenhum pedido de informação prévia" às autoridades locais e que não há "nenhum processo administrativo em curso".
Apesar disso, a mesma fonte disse que o projecto do IKEA para Loulé e centro comercial Inter IKEA Center Portugal será "revolucionário" do ponto de vista ambiental.
Até 2015, o grupo IKEA prevê investir em Portugal cerca de 700 milhões de euros com a abertura de sete espaços, incluindo uma loja no Algarve, disse à Lusa fonte do IKEA.