O movimento CFC classifica o anúncio da nova ponte como uma “tentativa de golpe”.
“Como o plano de pormenor para a ilha que veio a público em março teve rejeição geral, agora querem dar a ponte como facto consumado à margem de todos. Por um lado, para decidirem a ponte sem participação e debate pela população e nos órgãos da autarquia e, por outro, para condicionar aspetos essenciais no plano para a ilha”, argumenta o líder do CFC, José Vitorino.
O líder do CFC avisa que vai fazer hoje uma queixa às entidades competentes, recordando que até à data não está aprovado qualquer plano conforme a lei obriga e que por essa razão a proposta de uma nova ponte vai “contra o previsto no Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC).
O concurso público para a conceção do projeto para uma nova ponte e acessos à praia de Faro e um parque de estacionamento exterior foi lançado na semana passada pela Sociedade Polis Ria Formosa.
As obras têm um investimento total de 3,87 milhões de euros e, desse valor, 2,33 milhões de euros correspondem à melhoria e condicionamento da acessibilidade automóvel à praia de Faro, incluindo os projetos da nova ponte e da via de acesso.
Segundo o CFC, a notícia divulgada pela Sociedade Polis sobre a intenção de construir uma nova ponte para a Ilha de Faro e proibir a entrada de veículos aos não residentes no verão “causou grande indignação na população”.
“Durante três a quatro meses vai roubar aos farenses o principal espaço de lazer, passeios à praia, refeições, convívio e mata a restauração e outras atividades. Há soluções para condicionar o trânsito automóvel, sem proibir as entradas”, aconselha o movimento autárquico independente liderado por José Vitorino.
O CFC defende um estacionamento exterior e transporte público para ou no interior e uma nova ponte, com duas faixas para veículos, passagem pedonal e ciclovia.
O controlo de entradas na ilha deve ser, no seu entender, com semáforo, em função da capacidade definida.