O anúncio da sua candidatura foi feito pelo próprio na quinta-feira durante um jantar de apoio que se realizou em Portimão, ocasião em que o deputado e poeta disse estar disponível "para vencer pela República e por Portugal".
Para Miguel Freitas, o facto de Manuel Alegre se ter disponibilizado como candidato à Presidência da República “é um acto de coragem política num momento de dificuldade do país”, próprio de um “resistente” que está “desejoso de ir para o combate”.
Contudo, em declarações à Lusa, o líder do PS/Algarve apela a que a Esquerda se una na corrida às presidenciais, para que não se repita o cenário das últimas eleições, em 2006, quando a Esquerda apresentou quatro candidatos.
“Ninguém quer ver repetido o cenário de há quatro anos”, afirmou Miguel Freitas, sublinhando que o PS tomará uma posição “no momento certo” porque este “não é o momento dos partidos”, concluiu.
Alegre anunciou a sua disponibilidade durante um discurso que proferiu quinta-feira à noite perante cerca de três centenas de pessoas num jantar promovido pelo Movimento Intervenção e Cidadania (MIC).
Afirmando que Portugal "vive uma hora difícil" e que "é sempre mais fácil desistir e baixar os braços", o anunciado candidato afirmou em Portimão ser preciso “acreditar e agir".
Nas eleições presidenciais de 2006, a que concorreu como independente, Manuel Alegre obteve 20,72 por cento dos votos (1.125.077 de sufrágios).
Alegre ficou atrás do presidente eleito, Cavaco Silva (50,59 por cento), mas à frente de Mário Soares (14,34 por cento) e dos restantes candidatos.