O orçamento para 2017 da Câmara de Lagos atinge os 50 milhões de euros, mais 3,5 milhões que o deste ano, com o reforço nas áreas da educação e ação social, disse terça-feira à Lusa fonte da autarquia.
“O reforço da aposta na educação, na área social e a valorização patrimonial, consubstanciadas numa gestão de rigor, são as prioridades de ação para o próximo ano”, disse à agência Lusa o vice-presidente da autarquia, o socialista Hugo Pereira.
O documento foi aprovado por maioria na Assembleia Municipal, com os votos a favor de 12 eleitos do PS, um da coligação Todos Somos Lagos e um do movimento Lagos com Futuro e as abstenções dos autarcas da CDU (3), da coligação Lagos com Futuro (2) e Bloco de Esquerda (1). Os cinco deputados do PSD votaram contra.
De acordo com o vice-presidente da autarquia, o Orçamento e as Grandes Opções do Plano visam “consolidar a estratégia que tem sido adotada de contenção orçamental e redução da dívida, para preservar o equilíbrio financeiro”.
“Além do equilíbrio financeiro, existe a preocupação com setores essenciais, como a educação e a ação social, nomeadamente com o apoio às famílias mais carenciadas”, frisou.
Em 2017, o município prevê reforçar a área da educação, destinando mais cerca de 2,5ME do que este ano, que serão aplicados na renovação do parque escolar na freguesia da Luz e na reabilitação de duas escolas, enquanto a área social terá um reforço de cerca de 200 mil euros.
“O setor social é muito importante, no sentido de ajudar várias famílias carenciadas, e no qual tem sido uma das prioridades deste executivo”, destacou.
De acordo com o autarca, a valorização patrimonial é também uma das prioridades para 2017, “dando continuidade à estratégia de reafirmação de Lagos enquanto cidade histórica e de cultura, importante no desenvolvimento do turismo”.
“A valorização passa por criar a Rota da Escravatura, um projeto de reafirmação da marca Lagos dos Descobrimentos”, destacou.
Hugo Pereira acrescentou que o Orçamento para 2017, prevê também o investimento de 2,5ME “em infraestruturas básicas de águas e saneamento em zonas rurais das freguesias de Bensafrim e Barão de São João”.
“É um investimento para levar a água e esgotos a núcleos rurais que ainda não são servidos pela rede pública”, concluiu o autarca.