O bispo do Algarve considera a política “uma das expressões mais nobres da democracia” e uma “forma exigente de viver o compromisso cristão ao serviço dos outros”.
D. Manuel Quintas sublinhou o “apreço” que os documentos da Igreja manifestam ao se referirem “a quantos se dedicam à atividade da res pública, já que a atividade política constitui uma das expressões mais nobres da democracia, enquanto for decisiva na construção de uma sociedade expressão da pluralidade dos cidadãos e meio adequado para que estes possam indicar a sua visão da vida e da sociedade na organização do Estado”.
O prelado falava na sessão de inauguração do Lar de Nossa Senhora da Conceição, em Martim Longo, no passado dia 1 deste mês. “A política é, efetivamente, uma forma exigente – se bem que não seja a única – de viver o compromisso cristão ao serviço dos outros”, sustentou, considerando que, “na compreensão humana e cristã da vida, a generosidade e a coragem com que se superam as dificuldades são sempre fermento de uma sociedade nova”.
O bispo diocesano acrescentou que “levar a sério a política nos seus diversos níveis – local, regional, nacional – é afirmar o dever do homem, de todos os homens, de reconhecerem a realidade concreta e o valor da liberdade de escolha que lhes é proporcionada, procurando realizar juntos o bem da cidade, da nação, da humanidade”.
“Quanto melhor conheço aqueles que se dedicam a isto – particularmente presidentes de Câmara no interior algarvio e não só –, mais os admiro pelas dificuldades que partilham e pela sua entrega e dedicação ao bem comum”, concluiu.
