Em declarações à Agência Lusa, após ter alcançado no domingo o terceiro "top 10" em torneios do European Tour (que reúne os melhores profissionais da Europa), o golfista algarvio admitiu estar no "ponto mais alto" da sua carreira e fixou como objetivo poder competir na Race to Dubai em novembro, o torneio que reúne os 70 profissionais mais bem classificados e conta com prémios monetários de oito milhões de dólares.

Ricardo Santos alcançou no domingo a sua melhor classificação da época, ao terminar no grupo dos terceiros o Joburg Open, prova do circuito europeu, disputada na África do Sul, subindo ao 11º lugar da "Race to Dubai" e arrecadando 69.160 euros. Numa altura em que que se disputaram apenas cinco torneios, o português já conseguiu esta época 264.350 euros em prémios monetários.

"Acho que tenho capacidade (de ficar nos 10 primeiros). Mas se vou ficar ou não, não quero estar a pensar nisso. O objetivo até ao final da época é o de ficar nos 70 primeiros para poder ir à Race to Dubai", assinalou.

O golfista algarvio recordou que uma das metas para este ano, que era garantir o cartão que lhe permite manter-se na primeira divisão do golfe europeu, já foi alcançada e, agora, o objetivo é ir à "Race to Dubai", o torneio que encerra a temporada da modalidade ao nível europeu.

Ricardo Santos admitiu estar a atravessar um bom momento de forma, graças ao trabalho de preparação desenvolvido no final do ano passado, embora reconhecendo que pode melhorar o seu desempenho.

"Pode-se melhorar sempre qualquer ponto, mas claro que, em termos de consistência, estou no ponto mais alto da minha carreira. Agora, claro que há alguma margem de progressão e alguns pontos a melhorar", sublinhou.

O golfista de Vilamoura reconheceu também que, fora os "majors", e se tivesse de escolher um torneio para vencer, essa prova seria o Portugal Masters, que se disputa no Algarve entre 10 e 13 de outubro.

"Fora os majors (os torneios com mais tradição e maiores prémios monetários do circuito), claro que ganhar o Portugal Masters seria espetacular. É um torneio com um prize-money superior a 1,5 milhões de euros, dá uma isenção de dois anos, além de ser em Portugal e ser em minha casa, em Vilamoura, que é o meu home clube (Oceânico Vilamoura)", salientou.

"Realmente, seria mesmo a cereja no topo do bolo, mas não quero pôr essa questão em cima da mesa, quero simplesmente dar o meu melhor a cada semana. Se for o Portugal Masters, será. Se não for, pode ser outro qualquer", rematou.

Ricardo Santos é já o português com os melhores resultados na alta roda do golfe europeu. Depois de ter vencido o Open da Madeira na época passada, tem tido bons desempenhos com um quarto lugar em Abu Dhabi, um sétimo posto no Masters do Qatar e o terceiro lugar obtido no domingo na África do Sul.

Lusa