
Cerca de 180 acólitos de várias paróquias do Algarve participaram nos passados dias 20 e 21 deste mês no Dia Diocesano do Acólito em Lagoa.
A iniciativa, promovida pela Diocese do Algarve através do seu Centro Diocesano de Acólitos (CDA) em colaboração com o grupo de acólitos da paróquia de Lagoa, contou com participantes das paróquias de Albufeira, Aljezur, Conceição de Faro, Ferragudo, Lagoa, Loulé, matriz de Portimão, Mexilhoeira Grande, Moncarapacho, Montenegro, Pechão, Pêra, Santa Maria de Lagos, São Bartolomeu de Messines, São Brás de Alportel, São Luís de Faro, São Sebastião de Lagos, Silves e do vicariato do Parchal.

O encontro teve início na sexta-feira ao final da tarde com o acolhimento na Escola Secundária Padre António Martins de Oliveira, onde pernoitaram e tomaram algumas refeições, seguindo-se o jantar partilhado e a vigília de oração pelas vocações que teve início na igreja da misericórdia, prosseguiu com a procissão eucarística e terminou na igreja matriz com adoração ao Santíssimo Sacramento.
Depois da vigília, orientada pelo Secretariado da Pastoral Vocacional da Diocese do Algarve e presidida pelo seu diretor, o padre António de Freitas, decorreu a apresentação dos participantes e o visionamento de um filme sobre Jesus Cristo.
No sábado de manhã, após a oração, presidida pelo padre Nelson Rodrigues, o programa teve de ser alterado devido ao tempo chuvoso, tendo sido adaptado o peddy-paper previsto para as ruas de Lagoa para dentro do pavilhão da escola.

Depois do almoço no recinto da Fatacil, a tarde teve início na igreja matriz com a conferência para os participantes maiores de 15 anos, sob o tema “O papel dos jovens na Igreja atual”, proferida pelo padre Mário de Sousa. Os acólitos mais novos estiveram em formação noutro local, orientada por Filipe Silva, do CDA.
O Dia Diocesano do Acólito 2018 concluiu-se com a celebração da eucaristia, presidida pelo bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, concelebrada pelo padre Luís Leal, diretor do Serviço Nacional de Acólitos, que trouxe uma relíquia de São Francisco Marto, padroeiro dos acólitos, que foi exposta na igreja de Lagoa durante todo o encontro e ali permaneceu também durante a celebração.

D. Manuel Quintas, que agradeceu ao sacerdote por ter trazido a relíquia, considerou o “gesto muito expressivo” e de “apelo à santidade”. “Foi uma boa ideia da Conferência Episcopal Portuguesa já há nove anos tê-lo escolhido para padroeiro dos acólitos. Este santo viveu de tal maneira, com tanta intensidade, a presença de Jesus na eucaristia que é, de facto, um modelo”, afirmou na missa que teve início com a bênção da imagem de São Francisco Marto que percorrerá a partir de agora todas as paróquias algarvias que receberem o Dia Diocesano do Acólito.
Lembrando que a Igreja celebrava no último domingo o dia litúrgico do Bom Pastor, o prelado destacou que “a imagem de Jesus, bom pastor, é muito sugestiva, não apenas para aqueles que são chamados a ser pastores na Igreja, mas também para aqueles que servem o altar – os acólitos – que em primeiro lugar devem receber de Jesus esse sentido do serviço, doação e entrega aos outros, à própria eucaristia ou àqueles que são chamados a ser pastores na Igreja”.

O bispo do Algarve desafiou ainda os acólitos a deixarem-se “interpelar” se não serão também chamados à serem “pastores, consagrados e consagradas, missionários ou missionárias”. “São tantas as formas e os modos de servimos Cristo e o evangelho e de O seguirmos para realização do nosso próprio batismo”, acrescentou.
A eucaristia contou também com a concelebração dos padres José Nunes, pároco local, Domingos Fernandes, vigário paroquial, e Carlos de Aquino, assistente do Centro Diocesano de Acólitos, e com a participação do diácono Tiago Veríssimo.
No final da celebração, o assistente do Centro Diocesano de Acólitos anunciou que o Dia Diocesano de Acólitos em 2019 será realizado na paróquia de Albufeira nos dias 10 e 11 de maio. “Este encontro acho que é força para o ano inteiro. O seu fruto espiritual certamente permanecerá no nosso coração”, afirmou o padre Carlos de Aquino.

Ao Folha do Domingo, o diretor do Serviço Nacional de Acólitos explicou a vinda da relíquia do patrono dos acólitos, pertencente àquele organismo. “Procuramos que sempre que algum de nós, da direção nacional, vá a alguma diocese, especialmente nos encontros diocesanos, que a relíquia também esteja presente como ligação aos acólitos de todo o país e ao próprio padroeiro de uma forma especial”, esclareceu o padre Luís Leal, explicando tratar-se de “um bocadinho do primeiro caixão” dos santos Francisco e Jacinta Marto.
O sacerdote disse ainda que os principais desafios daquele serviço são “estimular os serviços diocesanos a estarem ativos e ajudá-los na sua organização, se assim o desejarem” e a “união entre as várias dioceses”. “Em algumas, não muitas, ainda não está organizado ou está de uma forma muito frágil. Estes grupos ajudam os próprios acólitos nas comunidades a não se sentirem sozinhos e a perceberem que fazem parte de um corpo maior”, acrescentou.
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