Ana Paula Carvalho, numa conversa informal durante a refeição que se realizou no Hotel Faro da capital algarvia, considerou que o amor nas empresas é mesmo uma realidade, que, no caso concreto da multinacional produtora de antibióticos onde trabalha, se traduz no sentimento que os colaboradores nutrem uns pelos outros e que tem conduzido a empresa aos resultados alcançados.

A convidada, que faz parte da direção nacional da ACEGE, rejeitou que a racionalidade seja a melhor forma para obter resultados numa empresa e defendeu que o equilíbrio “excelente” entre o “coração e a razão” deve ter origem na “genuinidade” da liderança. “Aquilo que precisamos é desta genuinidade e verdade da pessoa porque é ela que vai levar equipas inteiras a percorrer a tal milha extra porque se sentem inspiradas e porque sentem que quem está ali não é uma farsa pré-formatada”, justificou.

Ana Paula Carvalho testemunhou que o seu “estilo de liderança” foi mudando ao longo do tempo. “Deixei vir ao de cima aquilo que realmente sou. Os maiores resultados que tenho tido aconteceram quando deixei vir ao de cima aquilo que sou como pessoa, o meu interior”, afirmou, acrescentando: “quando deixamos vir ao de cima aquilo que somos, garanto-vos que as equipas tem um resultado explosivo. Quem é genuíno, vai inspirar, ter resiliência e conseguir motivar os outros a não desistir”.

A diretora-geral da Pfizer Portugal disse ainda ter descoberto que “é fundamental fazer retiros”. “Há um antes e um depois desses retiros porque obriga-me a parar e a sair do meu ritmo alucinante e repensar no meu coração aquilo que é verdadeiramente importante. Eu já não consigo viver sem estes retiros e aconselho vivamente os gestores a terem um tempo para fazerem esses retiros”, aconselhou.

O jantar, com 16 participantes, foi precedido pela celebração da eucaristia na igreja de São Francisco.

Samuel Mendonça