Na celebração eucarística a que presidiu, na capela daquela unidade hospitalar, no âmbito do 18º Dia Mundial do Doente, D. Manuel Quintas, detendo-se na mensagem do Papa para aquele dia, considerou que “tem havido uma evolução no que respeita à valorização desta dimensão espiritual no cuidado com os doentes” e sublinhou que a mesma “contribui para que a pessoa adquira a estabilidade e serenidade interior que pode proporcionar uma cura mais rápida ou encontrar uma resposta pessoal para saber acolher e aceitar aquilo que não tem cura”.
O Bispo diocesano começou por explicar na Eucaristia que aquela celebração era realizada “por todos os doentes, seja aqueles que estão hospitalizados, seja os que estão em suas casas”. “Ao rezar pelos doentes, rezamos também pelos que cuidam dos doentes”, elucidou, o prelado sublinhando a diferença entre cuidar e curar. “Todos gostariam de curar, mas todos podemos cuidar dos doentes”, lembrou, destacando que “Jesus Cristo é o médico que veio curar toda a humanidade”.
Apontando a importância do Dia Mundial do Doente, considerou que a sua celebração “tem conseguido um objectivo muito grande”, de “sensibilizar a todos para a importância do serviço a quem está doente”.
Referindo também o 25º aniversário da instituição do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde que se assinalava igualmente naquele dia, D. Manuel Quintas destacou o alcance do serviço prestado no contexto da Pastoral da Saúde. “Sabemos como é importante falar ou, simplesmente, estar com quem sofre”, disse, acrescentando que “a presença silenciosa é, tantas vezes, mais eficaz do que muitas palavras e conselhos”. “Há situações na nossa vida que são irreversíveis. Embora nos custe muito a aceitar isso é preciso uma capacidade muito grande de oblação, de oferta de si mesmo, de gratuidade e de fé para se colocar nas mãos de Deus”, constatou.
O Bispo do Algarve lembrou por isso que, “a partir de Cristo, encontramos um sentido redentor e gerador de vida no próprio sofrimento e na própria doença”.
A propósito da administração da Santa Unção que realizou, após a homilia, a duas doentes daquele hospital, o Bispo diocesano lembrou que aquele sacramento “é sinal da presença e da acção de Deus naquele que é ungido”. “O óleo simboliza essa acção de Deus sobre aquele que recebe o sacramento”, explicou D. Manuel Quintas, reconhecendo que “houve uma evolução muito grande neste sacramento, até no nome”.
A terminar, D. Manuel Quintas manifestou a sua gratidão para com todos os que, na Diocese do Algarve, trabalham na Pastoral da Saúde.
Após a celebração da Eucaristia, o prelado visitou a Unidade de Neonatologia do Hospital de Faro, tendo-se congratulado pelo facto de se salvarem naquele serviço muitos bebés prematuros. O Bispo do Algarve manifestou o reconhecimento pelo funcionamento de uma das melhores unidades daquele hospital e do país.
Samuel Mendonça
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