O bispo do Algarve enviou aos padres e diáconos na passada sexta-feira, 15 de maio, orientações sobre a reabertura das igrejas algarvias ao culto público, o que acontecerá no último fim de semana deste mês.

As paróquias algarvias começaram já a preparar essa retoma das celebrações eucarísticas com a participação presencial dos fiéis que será possível só após 11 semanas de interrupção, tendo as missas comunitárias sido suspensas pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) no dia 13 de março deste ano por causa da pandemia de covid-19.

A crise sanitária trouxe com ela uma nova realidade que se impôs inesperadamente e o regresso da celebração comunitária das Eucaristias será feito com imensas diferenças relativamente ao que acontecia até há pouco mais de dois meses, tendo em vista o “rigoroso cumprimento” das normas, prescritas pelas autoridades de saúde e, entretanto, apresentadas pela CEP.

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Assim, a participação nas celebrações obedecerá ao seguimento de sinalética e a lugares marcados para garantir a distância sanitária e a segurança dos participantes. Os lugares que se podem ocupar estarão numerados e a lotação nas igrejas ficará reduzida a um terço do total dos lugares. As famílias ficarão juntas e todos os participantes deverão estar na igreja até 10 minutos antes do início da celebração porque depois disso os lugares serão entregues a pessoas que não tenham lugar.

A necessidade de “inscrição” será então uma realidade para evitar que alguém chegue à igreja e já não possa entrar, por estar esgotada a lotação possível. Os interessados deverão “inscrever-se” na celebração em que pretende participar e, nalguns casos, receberá um cartão (onde consta o horário e o lugar onde se sentará), que apresentará, à entrada na igreja, à equipa de acolhimento. Os horários e locais para as “inscrições” estão a ser divulgada por cada paróquia.

Para além disso, há ainda a necessidade de “fidelização”, uma vez que esta organização implica que a pessoa participe todas as semanas na mesma missa. Algumas paróquias já estão a implementar o aumento do número de Eucaristias dominicais para conseguir garantir que nenhum interessado fique sem poder participar.

A desinfeção das mãos é feita à entrada pela equipa de acolhimento e o uso de máscara é obrigatório no interior da igreja e, durante a missa, só poderá ser retirada para comungar. A desinfeção das mãos será feita também pelo sacerdote antes da celebração, antes da apresentação dos dons e antes da distribuição da sagrada comunhão, assim como os leitores também o farão antes e depois de tocarem no ambão e nos livros. Para a comunhão, os ministros higienizarão as mãos antes e depois e usarão máscara.

O gesto da paz continuará suspenso, como já acontecia antes da interrupção das Eucaristias comunitárias e o diálogo individual da comunhão («Corpo de Cristo». – «Amen.») pronunciar-se-á de forma coletiva depois da resposta «Senhor, eu não sou digno…», distribuindo-se a Eucaristia em silêncio. Durante a comunhão, os participantes deverão manter na fila dois metros de distância entre si, comungar na mão.

O ofertório far-se-á, na maioria dos casos, à saída da igreja ou à entrada, para não se tocar em dinheiro durante a celebração.

Depois das missas proceder-se-á à desinfeção dos bancos, espaços e objetos litúrgicos e arejamento da igreja durante pelo menos 30 minutos.