O Comité Organizador Diocesano (COD) do Algarve para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2023 já recebeu contactos de quase uma dezena países que têm jovens interessados em vir para o Algarve na semana que antecede o evento que terá lugar em Lisboa de 1 a 6 de agosto do próximo ano.

A informação foi dada pelo delegado diocesano ao Comité Organizador Local (COL) da JMJ nas sessões de esclarecimento e informação para animadores, catequistas e dirigentes do Corpo Nacional de Escutas que tiveram lugar esta semana nas Ferreiras e em Olhão, respetivamente na segunda e terça-feira.

João Costa adiantou que no Algarve, para o encontro de jovens denominado ‘Dias nas Dioceses’ que decorre de 26 a 31 de julho de 2023, foram definidos quatro centros de acolhimento, um em cada uma das vigararias que constitui a diocese algarvia: Portimão, Loulé, Faro e Tavira.

“Os nossos recursos humanos são muito limitados, por experiência própria das nossas paróquias, das nossas vigararias, da nossa diocese. Gostaríamos muito de fazer os ‘Dias na Diocese’ em todas as paróquias, mas é humanamente impossível dada a nossa estrutura”, justificou aquele responsável, que é também um dos coordenadores do COD do Algarve.

João Costa acrescentou que os quatros centros escolhidos deverão acolher 9.500 jovens, sendo que Portimão irá acolher 4.000 jovens, Loulé 2.000, Faro 2.000 e Tavira 1.500. O centro de Portimão já está lotado com um grupo de 3.000 elementos de vários países, mas maioritariamente do Brasil e da França, pertencentes à Comunidade ‘Chemin Neuf’ (França), que será acolhido pela paróquia da matriz. Para além destes, a paróquia de Nossa Senhora do Amparo de Portimão também poderá receber jovens que vierem através dos sacerdotes da Companhia de Jesus (jesuítas).

A Comunidade ‘Chemin Neuf’ é formada por um corpo apostólico que partilha a espiritualidade inaciana e carismática, as suas missões e a vida fraterna. A comunidade nasceu em Lyon, em 1972, por iniciativa do seminarista jesuíta Laurent Fabre, que após uma experiência de oração num grupo do Renovamento Carismático Católico decidiu trabalhar para construir uma fraternidade que evangelizasse e trabalhasse para o bem comum.

João Costa explicou que os jovens serão acolhidos em escolas ou noutros equipamentos municipais, mas também em famílias. “As famílias de acolhimento são um ganho que queremos dar porque é para os dois lados. As famílias acolhem jovens e ganham muito com eles do ponto de vista da relação humana e de intercâmbio cultural e o jovem também ganha muito”, afirmou, acrescentando que as paróquias dos concelhos dos centros de acolhimento, mas que fiquem fora das cidades, também poderão acolher jovens desde que consigam garantir o seu transporte para o centro de acolhimento todos os dias de manhã e ao final do dia.

Para além do Brasil e da França, os pedidos para o COD chegaram até agora também do Canadá, da Dinamarca, da Eslovénia, de Espanha, da Polónia, do Porto Rico e da República Democrática do Congo.

João Costa explicou que para receber estes grupos – alguns dos quais “já estão certos” – foi preparado um programa específico para cada um dos quatro centros, em que cada dia terá um objetivo diferente. Poderá ser uma missão de evangelização ou de voluntariado ambiental ou numa instituição ou um dia de conhecimento da história local, exemplificou. Aquele responsável adiantou que a semana será encerrada com “um evento final que o COD está a preparar”.

A organização nacional da JMJ lembra que o programa dos ‘Dias nas Dioceses’, composto por cinco pilares – acolhimento, descoberta, missão, cultura e envio – “consiste na integração dos jovens vindos de todo o mundo nas comunidades paroquiais”. “Os ‘Dias nas Dioceses’ são como um caminho de preparação para os peregrinos e comunidade anfitriã para a vivência dos dias da Jornada. Durante esses dias, os peregrinos podem ficar a conhecer melhor a região que os acolhe, bem como a Igreja local e as suas especificidades”, acrescenta.

O coordenador do COD do Algarve disse ainda que o “papel” dos jovens nos ‘Dias na Diocese’ é serem voluntários ou, com as suas famílias, receberem participantes. “Precisamos muito de voluntários”, garantiu.

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