O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 afirmou hoje que o montante para a construção do palco “magoa” e, com as entidades competentes, vão estudar a eliminação de “parcelas não essenciais” que tenham sido apresentadas pela organização da jornada.
“Se nas parcelas estiverem coisas que são do nosso pedido e puderem ser eliminadas por não serem essenciais, pediremos para serem eliminadas”, afirmou D. Américo Aguiar em conferência de imprensa convocada no contexto da divulgação do custo da estrutura que vai ser construída no Parque Tejo para palco e altar.
De acordo como Portal Base da Contratação Pública, a construção do altar-palco no parque Tejo para a JMJ Lisboa 2023 foi adjudicado pela Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), da Câmara Municipal de Lisboa, por 4,2 milhões de euros.
“É um número que magoa”, disse D. Américo Aguiar aos jornalistas na conferência de imprensa realizada na sede da JMJ Lisboa 2023, acrescentando que vai dialogar com as equipas responsáveis pelo projeto para verificar a “razão deste valor”.
O bispo auxiliar de Lisboa referiu-se às “dificuldades” sentidas pelas comunidades e pelas famílias e ao apelo do Papa Francisco à sobriedade, ao mesmo tempo que agradeceu o “escrutínio” que é feito pela opinião pública e que permite “corrigir o caminho”.
O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 disse que a jornada “é uma mostra de Portugal para o mundo” e vai confirmar que “Portugal faz bem”.
“Não vamos desbaratar um cêntimos e vamos respeitar o apoio do Estado, as várias dezenas de milhões de Euros do Estado”, afirmou, acrescentando que já foi formalizado uma colaboração com o ISEG para “fazer o estudo do retorno, do impacto da JMJ na economia do país”.
O bispo auxiliar de Lisboa disse que “não sabia, nem tinha de saber” do valor da construção do palco-altar no Parque Tejo, adiantando que vão ser adotados novos procedimentos em relação às construções futuras noutros espaços para não “repetir erros”, pedindo para acompanhar “mais de perto” os “assuntos relacionados com os requisitos” apresentados pela organização.
D. Américo Aguiar disse que a Fundação JMJ Lisboa 2023 está a “fechar o orçamento” para 2023 e que o vai “partilhar até ao cêntimo”, adiantando que inclui tudo o que diz respeito ao acolhimento dos peregrinos e que “já ultrapassou os 80 milhões de euros”.
“A nossa transparência total não é treta”, acrescentou.
O bispo auxiliar de Lisboa sublinhou que “a Igreja em Portugal nunca teria condições para organização da JMJ se não tivesse a colaboração do Estado”, lembrando que se trata de “um acontecimento mundial único e que vai ser importante para os portugueses e para a juventude do mundo inteiro”.