Como sabemos, a eutanásia que consiste em pôr fim à vida de pessoas deficientes, doentes ou moribundas tem, hoje, imensos defensores e países há, nesta velha Europa, que têm leis que vão nesse sentido, aprovando, em circunstâncias especiais ou nem tanto especiais, esse famigerado e autêntico assassínio.

Há muito que na Holanda, por exemplo, as pessoas de idade avançada temem ser internadas nos hospitais, pois, estão convencidas que já não sairão de lá com vida. Nesse país, muitos idosos trazem consigo uma declaração assinada pelo próprio punho que diz, em síntese, mais ou menos, o seguinte: "Se porventura, eu for acometido de doença súbita, transportem-me para minha casa… mas não para o hospital do qual eu sei de antemão, que já não sairei de lá, a não ser para o cemitério".

De facto, como é triste verificarmos aonde chegou a nossa civilização dita cristã, onde nos conduziu o materialismo prático tão difundido por toda a parte, juntamente com o hedonismo sem limites e sem horizontes de carácter transcendente e espiritual!…

E entre nós, neste ameno país à beira mar plantado, as investidas contra a vida também já começaram há anos com a aprovação de leis a favor do aborto.

Não podemos esquecer que foi deste modo, que outros países começaram para legitimarem, hoje, insensata e despudoradamente a eutanásia…

Por isso convém recordar aqui o que o Catecismo da Igreja Católica diz a este respeito: "… uma acção ou uma omissão que de por si ou na intenção, cause a morte com o fim de suprimir o sofrimento, constitui um assassínio gravemente contrário à dignidade da pessoa humana e ao respeito do Deus vivo, seu Criador. O erro de juízo, em que se pode ter caído de boa fé, não muda a natureza do acto mortífero, o qual deve sempre ser condenado e posto de parte".

E diz mais: "Mesmo que a morte seja considerada iminente, os cuidados habitualmente devidos a uma pessoa doente não podem ser legitimamente interrompidos. O uso dos analgésicos para aliviar os sofrimentos do moribundo, mesmo correndo-se o risco de abreviar os seus dias, pode ser moralmente conforme com a dignidade humana, se a morte não estiver nas intenções, nem como fim nem como meio, mas somente prevista e tolerada como inevitável. Os cuidados paliativos constituem uma forma excepcional da caridade desinteressada; a esse título, devem ser encorajados".

Do exposto, facilmente se conclui qual deve ser a posição e a atitude de todos, desde o paciente aos médicos e outros responsáveis da saúde.