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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O XIII Acampamento Regional (ACAREG) do Algarve do Corpo Nacional de Escutas (CNE), que terminou no passado domingo no sítio do Vale das Almas, concelho de Faro, com a participação de cerca de 1.300 elementos de toda a região algarvia, pediu aos escuteiros que vivam “lado a lado” e sejam agentes da mudança.

Na eucaristia de domingo, presidida pelo bispo do Algarve, D. Manuel Quintas realçou a mensagem de “união” do ACAREG 2019 que teve como tema “Lado a Lado És…” e como imaginário o “Tetris” (um dos primeiros jogos eletrónicos de grande popularidade em todo o mundo). “Sozinhos somos importantes, mas juntos conseguimos realizar maravilhas, em equipa, em comunidade, em Igreja, em sociedade. Nós nascemos para vivermos uns com os outros e, sobretudo, uns para os outros”, afirmou.

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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

“Somos únicos, mas não somos os únicos”, prosseguiu o prelado, sublinhando a importância de se “caminhar” e “crescer ao lado de outros”. “Todos precisamos de nos apoiar uns aos outros. São tão importantes aqueles que caminham connosco e ao nosso lado para a concretização dos nossos sonhos”, frisou.

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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

“Gostaria muito que regressásseis às vossas famílias, escolas, paróquias, agrupamentos, com o coração mais renovado, mais centrado em Cristo e também naqueles que crescem, caminham e brincam convosco, que vivem e vibram com tudo o que este movimento vos propõe e vos apresenta”, desejou, agradecendo às entidades que apoiaram a realização do acampamento e a “todos aqueles que estão à frente do escutismo” e lembrando que o movimento “ajuda a crescer do ponto de vista humano, cívico e cristão”.

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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Em representação da Junta Central do CNE, o secretário nacional do Ambiente e Sustentabilidade agradeceu ao bispo do Algarve e a todos os assistentes pela disponibilidade em acompanhar o movimento. José Rodrigues agradeceu ainda a todos os dirigentes “que permitiram que este acampamento acontecesse” e fez um pedido aos escuteiros. “Que saiam hoje daqui com a «mochila» mais cheia com as vossas experiências, amizades novas, com todas as vivências que aqui tiveram e que isso vos permita serem agentes de diferença”, exortou, aludindo à “responsabilidade muito grande” de serem “capazes de fazer a diferença por um mundo melhor”. “Que vos dê energia e força para um maior escutismo no Algarve”, concluiu na celebração que contou também com a presença do vice-presidente do Conselho Fiscal e Jurisdicional Nacional, António Ventinhas.

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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Na cerimónia de encerramento, que teve lugar depois do jogo geral realizado com equipas verticais (cada uma composta por um Caminheiro/Companheiro, dois Pioneiros/Marinheiros, quatro Exploradores/Moços e dois Lobitos), o chefe regional do Algarve também pediu aos escuteiros que deem continuidade ao que viveram naquela atividade que teve início no dia 3 deste mês. “O imaginário desta atividade convidou-nos a viver lado a lado, encaixando-nos uns com os outros como verdadeiras peças do ‘Tetris’. É importante que mantenhamos viva esta força e que nas nossas vivências escutistas no dia a dia, nos nossos agrupamentos, nas nossas unidades, não percamos essa vontade”, afirmou Luís Cabrita.

“Partilhámos alegrias, vivemos aventuras que para muitos serão inesquecíveis, construímos novas amizades e demos o nosso melhor para fazer a mudança, cumprindo o que nos pedia o imaginário desta atividade. O importante é que cada um de nós conseguiu superar as dificuldades com que se foi deparando”, destacou ainda aquele dirigente, pedindo aos escuteiros que “continuem a demonstrar a alegria” nas suas atitudes e que “não se esqueçam de serem fiéis ao ideal” do fundador Baden-Powell e do “mestre” Jesus Cristo.

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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O chefe de campo José Cercas Vicente agradeceu às entidades que apoiaram o evento e pediu aos escuteiros que levassem para casa “a alegria e a aventura”.

O movimento, fundado em 1932 no Algarve pelo cónego José Augusto Vieira Falé, conta atualmente com 35 agrupamentos num total de quase 2.400 elementos.