O presidente da ANADER – Associação Nacional das Agências de Desenvolvimento Regional, Paulo Bernardo, adiantou à Lusa que a regionalização trará "instrumentos de combate às assimetrias e aos desequilíbrios regionais, introduzindo fatores claros de igualdade de oportunidades entre as regiões".
Na opinião do organismo, "a institucionalização democrática das regiões significará a descentralização de competências, a distribuição equitativa dos recursos e riqueza nacional, o combate a políticas e mentalidades centralistas e a racionalização do próprio Estado".
Paulo Bernardo recorda que, "segundo o INE, o PIB per capita na região de Lisboa é o mais elevado do país, 38 por cento acima da média nacional, com o Algarve e a Região Autónoma da Madeira a situarem-se também acima desse valor médio".
"O PIB per capita da região Norte é o mais baixo do país, tendo registado uma queda significativa entre 1995 e 2008 (de para 80 por cento)", acentua.
Perante este cenário, – defende – "impõem-se medidas que combatam as desigualdades entre as regiões, com a institucionalização do processo de regionalização e apostas na expansão do sector público que signifiquem o combate à macrocefalia do Terreiro do Paço".
Lusa